Sofrimento Matequenha, deputado da Renamo na Assembleia da República, pelo círculo eleitoral da província de Manica, denunciou, na semana passada a continuidade de assassinatos inexplicáveis, assaltos a mão armada realizados por agentes da Polícia, ameaças de morte proferidas por agentes de Polícia aos membros da Renamo e assaltos e vandalização de sedes deste partido e tomada de decisões com impacto administrativo com base na cor partidária.
Segundo Sofrimento Matequenha, que falava durante a sessão da Assembleia, no mês passado, no distrito de Gondola, foram encontrados corpos sem vida
“No dia 15 de Novembro, foi encontrado um corpo sem vida na ponte sobre o rio Mucudzi, no posto administrativo do Inchope. No dia 28 de Novembro, foi encontrado um corpo sem vida, nas matas de Chibuto Um”, disse o deputado e delegado político provincial da Renamo em Manica.
Disse também que, no dia 26 de Novembro, um agente da Polícia de nome Eusébio Domingos realizou um assalto à mão armada, no povoado de Nhagamba, localidade de Nhacassoro, posto administrativo de Nguawala, junto à residência de um cidadão de nome Ediasse Macálio.
Graças à intervenção dos residentes para socorrer a vítima, o agente fugiu dos cidadãos que o perseguiam.
Vendo-se em apuros, o agente disparou contra um cidadão de nome Isaías Jone Fombe, causando-lhe ferimentos graves.
No distrito de Manica, a Renamo acusa o comandante da PRM no posto administrativo de Mavonde, de estar a proferir ameaças de morte de forma sistemática aos membros da Renamo que escaparam da acção dos esquadrões de morte e com promessa de que, uma vez mortos, serão lançados para a represa de Deca, para servirem de alimentos dos peixes.
Sofrimento Matequenha denunciou que agentes da PRM assaltaram e vandalizaram a sede da Renamo na zona de Nhamatema, no posto administrativo de Honde.
Os assaltantes foram três agentes da PRM, um membro do Policiamento Comunitário, de nome Mbofana Armando, e Alberto Cipriano, membro da Frelimo. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 05.12.2017