Redes sociais falam da emissão de mandados de captura no caso Embraer/LAM
Circulam nas redes sociais, com alguma insistência, informações dando conta da emissão de três mandados de captura contra três ilustres personalidades, das quais um político e dois gestores de público/privados de topo, isto no âmbito da investigação do processo aberto pela Procuradoria-Geral da República para investigar o pagamento de comissões na ordem de USD 800 mil. As comissões, segundo se sabe, foram pagas pela fabricante brasileira de aeronaves, Embraer, no processo de aquisição de duas aeronaves, pelas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).
Os acusados, segundo se sabe, são o antigo executivo da Sasol e da General Electric, Mateus Zimba, o antigo Presidente do Conselho de Administração da LAM, José Viegas e o antigo ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula.
O que se diz é que os mandados, supostamente a serem executados esta segunda-feira, são exactamente contra os três acusados pelo entendimento de que terão sido estes a ficar com os 800 mil dólares americanos.
Entretanto, em contacto, este domingo com o mediaFAX, o antigo executivo da Sasol e da General Electric, Mateus Zimba, disse que a única informação que tem é exactamente a que circula nas redes sociais. Aliás, parte dessa informação dá conta da detenção dos três na última sexta, mas, Mateus Zimba assegurou ao mediaFAX que estava em sua casa.
Cauteloso e evitando abordar o assunto de forma mais objectiva por entender que como parte processual “não fica bem”, Zimba sugere que as informações que circulam não passam de meras especulações. Ele diz que vai continuar, tranquilamente, a acompanhar o processo.
O mediaFAX chegou à fala com outro acusado deste processo, tendo, igualmente, assegurado que “não estava detido coisa alguma”.
A investigação levada a cabo pela justiça americana, recorde-se, levou a fabricante brasileira a pagar um “acordo de delação” na ordem de USD 206 milhões à justiça americana e brasileira, reconhecendo, assim, o pagamento de propina e práticas irregulares em negócios fechados na República Dominicana, Arábia Saudita, Moçambique e Índia.
Media fax – 04.12.2017