Os candidatos da Frelimo e Renamo à eleição autárquica intercalar de Nampula, segundo maior centro urbano de Moçambique, deverão ter que disputar uma segunda volta, de acordo com o apuramento parcial dos votos.
Amisse Cololo, candidato da Frelimo, partido no poder, tem 44,5% dos votos, enquanto Paulo Vahanle, cabeça de lista da Renamo, principal partido no poder, reúne 40%, de acordo com dados divulgados pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), quando falta apurar 40 das 401 mesas de voto.
A lei prevê a realização de uma segunda volta se nenhum candidato tiver mais de 50% dos votos.
"Os primeiros resultados - apuramento parcial - apontam para um empate técnico e provável segunda volta", indicou também a plataforma de observação Votar Moçambique, em comunicado.
Segundo esta fonte, a participação no acto eleitoral terá sido inferior a 30%, à semelhança do que aconteceu na última ida às urnas, em 2013.
Os órgãos da administração eleitoral ainda não se pronunciaram sobre a votação, acrescentou a plataforma, explicando que os resultados preliminares foram obtidos através da contagem paralela, feita com base nos dados finais anunciados por cada assembleia de voto - 54 no total.
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que havia vencido em 2013, está arredado do poder municipal em Nampula.
Na altura, a Renamo boicotou as eleições autárquicas.
A votação intercalar decorreu na quarta-feira, cerca de nove meses antes das eleições autárquicas em todo o país, agendadas para 15 de Outubro.
No escrutínio de quarta-feira houve 296.590 eleitores inscritos e cinco candidatos nos boletins de votos.
Aos três partidos com assento parlamentar, Frelimo, Renamo e MDM, juntaram-se o movimento Amusi e o Partido Humanista para tentar suceder a Mahamudo Amurane, presidente do município morto a tiro à porta de casa a 04 de Outubro.
LUSA – 25.01.2018