CAÇADORES furtivos estão a dizimar elefantes no distrito de Macossa, província de Manica, tendo sido mortos 15 elefantes nos últimos dois anos.
Segundo o chefe da fiscalização da coutada nove, onde têm ocorrido as matanças, Nguenha Marewa, a situação traduz-se em perdas de divisas para os exploradores daquela área e para o Estado.
Os caçadores furtivos matam os paquidermes para a extracção de marfim, que é comercializado no mercado negro.
Os trezentos elefantes que restam na maior coutada da província, com mais de três mil quilómetros quadrados, não possuem qualidades para a caça desportiva, explicou a fonte, citada pela Rádio Moçambique (RM).
“A coutada está a trabalhar com a Polícia do distrito de Macossa para travar os furtivos. Agora não temos elefante de qualidade para fazer a caça desportiva por causa dos furtivos”, disse Nguenha Marewa.
Explicou que, quando se pratica a caça desportiva, os turistas pagam seiscentos mil meticais, dinheiro que é dividido entre as autoridades locais e os responsáveis pela coutada.
“Os furtivos estão à procura de elefantes grandes para retirarem os chifres, então nós já não temos esses animais”, acrescentou.
Recentemente, foram detidos no distrito de Macossa cinco indivíduos que se dedicavam à caça ilegal. Na ocasião, a Polícia apreendeu catorze armadilhas e mais de trinta quilogramas de carne.
Segundo a chefe das Relações Públicas no Comando da Polícia da República de Moçambique PRM no Comando Provincial de Manica, Elsídia Filipe, tratou-se de um trabalho que não só contou com o envolvimento dos fiscais da coutada, mas também do efectivo do Comando Distrital de PRM de Macossa.
Conforme conta a fonte, os furtivos actuam não só no interior da coutada, mas também em locais onde a caça é proibida.
NOTÍCIAS – 23.01.2018