A cidade de Nampula acolheu, na última quarta-feira (24), a eleição intercalar do presidente do Conselho Municipal e, como já era de se esperar, o grande vencedor do escrutínio foi a Comissão Nacional das Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE). Estes dois organismos juntaram-se, mais uma vez, para manchar um processo que deveria ser livre, justo, transparente e, acima de tudo, imparcial.
Nesta quarta-feira, os “nampulenses” foram surpreendidos com situações tendenciosas cuja finalidade era sem dúvidas beneficiar, como sempre, o candidato do partido Frelimo. Ou seja, a CNE e STAE garantiram a habitual desorganização, com o apoio da Electricidade de Moçambique, que resultou não só em nova vitória da abstenção em Nampula, mas também na vantagem do candidato da Frelimo.
A desorganização começou muito antes da campanha eleitoral, com situações de alteração dos cadernos eleitorais, facto esse que foi denunciado pelos partidos políticos.
Já o processo de votação foi marcado por atraso na abertura das mesas de votação, passando pelos casos relacionados com a falta de nomes de eleitores nalguns cadernos até à falta de uma orientação clara aos eleitores por parte dos membros de mesa de votação, para além da situação em que alguns eleitores viram-se obrigados a não votarem, não obstante exibirem um cartão de eleitor válido.
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