Já estavam em via de tráfico no distrito de Marromeu
A Polícia da República de Moçambique em Sofala anunciou a apreensão de doze pontas de marfim, que estavam em vias de comercialização no distrito de Marromeu, no Norte daquela província.
O facto foi tornado público ontem, na cidade da Beira, pelo porta-voz da corporação, Daniel Macucua.
Segundo a Polícia em Sofala, as doze pontas de marfim foram encontradas na posse de um cidadão nacional de nome Amaral Guilherme Oficial, de 43 anos de idade, que se presume ser comerciante de milho e que, segundo disse a Polícia, conseguiu o produto através de dois homens, que lho venderam a 40.000,00 meticais.
Daniel Macucua disse que o indiciado está detido nas celas do Comando Distrital, à espera de julgamento por tráfico de pontas de marfim.
Daniel Macucua explicou que a Polícia presume que as essas pontas de marfim pertencem a três elefantes que foram abatidos por caçadores furtivos no dia 5 de Fevereiro, no posto administrativo de Chupanga, a 50 quilómetros da vila-sede de Caia.
“Nós tivemos conhecimento do assunto através de denúncias. O indivíduo estava numa viatura de transporte de pessoas e bens, com destino ao distrito de Caia, onde se presume que ia proceder à entrega da mercadoria. Depois de neutralizado na via pública, o indivíduo foi conduzido às celas, onde aguarda pelos procedimentos legais”, disse.
O abate de elefantes na zona-tampão do Parque Nacional da Gorongosa, em Sofala, tem sido um caso preocupante para as autoridades gestoras daquele local. Num passado recente, seis indivíduos (especificamente, três professores e três fiscais do Parque Nacional da Gorongosa) foram detidos na cidade da Beira, por terem sido surpreendidos a transportar ilegalmente diversas quantidades de pontas de marfim e pedras preciosas.
Suspeita-se que o marfim tenha resultado do abate ilegal de elefantes no Parque Nacional de Gorongosa.
Eles foram neutralizados pelos fiscais dos Serviços de Florestas e Fauna Bravia, quando se encontravam em trânsito pelo distrito de Cheringoma, idos do interior do Parque Nacional da Gorongosa. (José Jeco)
CANALMOZ – 13.02.2018