Filipe Nyusi encontrou-se, na segunda-feira, com o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, na Gorongosa, onde deram início à discussão das questões militares, que haviam sido deixadas de lado aquando do acordo sobre a descentralização.
Recorde-se que a Renamo exige a integração da sua guerrilha nas Forças de Defesa e Segurança, nomeadamente em todos os ramos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, nos ramos da Polícia da República de Moçambique (PRM) e no Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE).
Afonso Dhlakama tem denunciado o uso das Forças de Defesa e Segurança por parte da Frelimo para atacar os partidos da oposição. As negociações de integração marcaram um passo.
Na segunda-feira, Filipe Nyusi anunciou que esteve na Gorongosa, onde tratou das questões militares com o presidente da Renamo.
“Hoje, mantive um encontro com Afonso Dhlakama, presidente da Renamo, em Namadjiwa, posto administrativo de Vunduzi, a 40 quilómetros da sede distrital da Gorongosa, para discutir sobre os assuntos militares, concretamente sobre o Desarmamento, Desmobilização e Reintegração”, lê-se num comunicado da Presidência da República, que reproduz as palavras de Filipe Nyusi.
Nyusi disse também que as duas partes saudaram o relatório da Comissão de Assuntos Militares e esclareceram os passos a dar sobre o processo de enquadramento dos oficiais da Renamo que, conjuntamente com o desarmamento, desmobilização e reintegração, permitirá pôr fim às hostilidades militares e abrir uma nova era para “uma paz efectiva e duradoura”.
O comunicado da Presidência anuncia também que as conclusões detalhadas dos progressos alcançados serão tornadas públicas em momento oportuno. “Reafirmamos o nosso compromisso de juntos trabalharmos de forma estreita para pôr termo ao conflito armado para sempre e criar as bases para um Moçambique próspero e seguro para todos os moçambicanos”, lê-se no comunicado.
CANALMOZ – 20.02.2018