Mecula
O espancamento brutal de um cidadão, por agentes da Polícia da República (PRM),afectos ao ramo de protecção de recursos naturais, em Mecula, na província do Niassa, acabou por enfurecer a população local que, numa acção de represália, destruiu o posto local da corporação.
O chefe da localidade de Lugenda, Eduardo Mauride, que confirmou o incidente registado na noite da última quarta-feira, destacou que a vítima da acção policial, por sinal uma rapariga, terá sido agredida por, alegadamente, se ter recusado a manter relações sexuais com Osvaldo Julião e Deocleciano, membros da corporação.
Em face do sucedido, um grupo de moradores de Lugenda dirigiram-se ao posto policial local, para pedir explicações ao respectivo comandante, mas antes de qualquer esclarecimento deste, acabou por incendiar o quintal de construção precária, do edifício e, simultaneamente, lançaram pedras para o interior, causando graves ferimentos a uma pessoa.
O comandante distrital da PRM, que se deslocou à Lugenda no dia seguinte para se inteirar do sucedido, ordenou a instauração imediata de processos contra os dois agentes.
Mecula é um distrito que integra a Reserva Nacional de Niassa, cuja população reage com violência sempre que apercebe que a actuação das forças da lei e ordem desvirtuam às normas legalmente aceitáveis.
WAMPHULA FAX – 26.02.2018