A União Europeia (UE) vai desembolsar 3,5 milhões de euros para reforçar o controlo fronteiriço em Moçambique, no âmbito da execução de um acordo para o combate ao tráfico de drogas.
“O objectivo final deste programa é conseguir interromper as redes criminosas organizadas”, explicou o encarregado de negócios da delegação da UE em Maputo, Stergios Varvaroussis.
Aquele responsável falava no âmbito da assinatura de um acordo entre o Governo de Moçambique e o Escritório das Nações Unidas contra Droga e o Crime (UNODC).
O instrumento, que será aplicado pelo Escritório das Nações Unidas contra Droga e o Crime e financiado pela UE, vai reforçar o controlo fronteiriço através de formações de quadros moçambicanos em matérias de vigilância e apetrecho de equipamentos.
“A adopção de novos equipamentos assim como a capacitação dos agentes nacionais são ferramentas que vão permitir a Moçambique alcançar resultados muito rapidamente”, observou Stergios Varvaroussis.
A comunicação com outras autoridades internacionais neste combate é fundamental, principalmente a nível regional, acrescentou Stergios Varvaroussis.
“Lutar contra o tráfico das drogas é uma preocupação e um dever de todas as nações”, afirmou Stergios Varvaroussis.
Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, José Pacheco, disse, no mesmo encontro, que o acordo vai reforçar a capacidade institucional do país, garantido maior comunicação com as autoridades de outros países no que respeita ao combate às drogas.
“O nosso país está comprometido com esta causa nobre”, observou o governante, que espera que os resultados do acordo permitam que Moçambique se continue a desenvolver “livre da toxicodependência”.
Dados apresentados na ocasião indicam que o programa detectou, desde 2010, mais de 31 toneladas de cocaína, 24 toneladas de canábis, 1,3 toneladas de meta anfetaminas e 350 quilogramas de heroína em 21 países que adoptaram o instrumento.
Entre 2012 e 2016, as autoridades moçambicanas apreenderam um total de 26 mil quilos de canábis, 5.500 quilogramas de haxixe, 173 quilogramas de efedrina, 98 quilogramas de cocaína e cinco quilogramas de heroína.
LUSA – 16.02.2018