Terminou esta terça-feira, o prazo dado pelo Conselho Municipal da cidade de Nampula aos vendedores informais, para se retirarem dos passeios das ruas e avenidas , medida que, diga-se em abono da verdade, não foi acatada pelos visados que, numa implícita afronta, continuam de «pedra e cal» nos mencionados locais.
Apesar do edil interino da cidade de Nampula, Américo Iemenle, que anunciou publicamente a ordem da referida evacuação, ter assegurado na ocasião que o processo seria fiscalizado pela polícia municipal, tal não foi aconteceu.
“Penso que o município devia ter apostado mais na consciencialização dos vendedores para abandonarem os passeios, antes de iniciar a campanha compulsiva de retirada ”-sugeriu Abiba Manuel.
Outro munícipe, identificado por Madjer Martinho, disse que o seu maior desejo era de ver as ruas e avenidas livres de vendedores.
“Neste momento andamos de forma apertada nos passeios, sobretudo nas ruas e avenidas do centro da cidade, onde, inclusive, somos vítimas de gatunos ali se infiltram para escamotear os nossos bens. Entretanto, havíamos ficado satisfeitos quando foi publicamente anunciado que até dia 20 a situação seria invertida, mas, estranhamente, ainda nada aconteceu» - referiu Martinho.
Contactados pela nossa Reportagem, alguns informais contactados pela nossa reportagem, afirmaram que continuam nos passeios porque a edilidade ainda não lhes indicou o espaço alternativo para o efeito.
Juma Momade observou que “nós queremos que o presidente municipal interino, que ordenou a nossa retirada dos locais onde exercemos a actividade, nos venha dizer “meus caros, mudem daqui para o sítio xis… assim, sim, iríamos perceber concretamente o seu objectivo. ”- enfatizou Momade.
Jorge Mussa, por seu turno, apenas nos disse que ”eu até não sei o que dizer, mas quando os meus colegas mudarem daqui, não me restará outra opção senão também segui-los”-destacou Mussa.
A polícia municipal e fiscalização, através da sua chefe de educação pública, Mariza Caramacha, assegurou que, em articulação com os órgãos de comunicação, está a ser elaborado um programa de sensibilização dos munícipes.
“Não é só porque o presidente anunciou a ordem tem de ser executada, temos que ter em conta que os vendedores informais são munícipes e inocentes”- explicou-nos Caramacha.
WAMPHULA FAX – 23.02.2018