O subsecretário de Estado do Tesouro dos EUA, Eric Meyer, exortou hoje em Maputo as autoridades moçambicanas a apostarem em reformas para melhorar o ambiente de negócios, como forma de atrair mais investimento privado norte-americano.
Eric Meyer defendeu a necessidade de criação de um clima de negócios mais favorável em Moçambique, em declarações aos jornalistas, após encontrar-se com a direção da Confederação das Associações Económicas moçambicana (CTA) - principal associação patronal do país.
"Moçambique é mais do que gás, há outros setores com grande potencial, espero que empresas norte-americanas aproveitem, mas isso vai depender do que Moçambique fizer", declarou.
Se o país for capaz de empreender reformas reais para melhorar o clima empresarial, prosseguiu Eric Meyer, estará em condições de atrair mais investimento privado e parcerias.
"É importante a estabilidade política e a estabilidade económica, é importante que o Governo prossiga com as inúmeras reformas que está a implementar", observou o subsecretário de Estado do Tesouro dos EUA.
Moçambique e EUA, continuou, mantêm boas relações no domínio da economia, mas há margem para fortalecer e aprofundar os laços.
Por sua vez, Rui Monteiro, conselheiro da direção da CTA, apontou a necessidade do fortalecimento da capacidade financeira das empresas moçambicanas, para que possam estar à altura de firmar parcerias com as suas congéneres estrangeiras, incluindo dos EUA.
Nesse sentido, Monteiro disse que o país deve ultrapassar rapidamente as dificuldades de certificação dos seus produtos, visando exportar para os EUA, no âmbito da Lei de Oportunidade para o Crescimento de África, conhecida pela sigla AGOA e aprovada pelo Governo dos EUA para impulsionar as exportações dos países africanos para o mercado norte-americano.
"Falta-nos certificação para podermos participar [no AGOA] e também pujança financeira, para podermos desenvolver o setor privado moçambicano", acrescentou Rui Monteiro.
DN(Lisboa) – 06.03.2018