Os nossos leitores escolheram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Irregularidades no Recenseamento eleitoral
É deveras impressionante e, ao mesmo tempo, revoltante as artimanhas no Recenseamento Eleitoral levado a cabo pelo partido Frelimo em conluio com o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE). A Renamo já veio ao público indiciar a Frelimo de estar a recrutar pessoas, em particular professores e enfermeiros, para recensearem fora dos seus territórios autárquicos, com o intuito de votar nas próximas eleições. É vergonhoso verificar- -se esse tipo de situação num país que se diz democrático. O processo de Recenseamento Eleitoral devia ser uma oportunidade para o STAE mostrar seriedade, mas não é isso que se verifica. Quase todos os dias, há registos de situações irregulares promovidos intencionalmente pelos brigadistas com objectivo de desanimar os cidadãos que pretendem exercer o seu dever cívico nos próximos pleitos eleitorais.
Comité Central do partido Frelimo
As sessões do Comité Central da Frelimo não passam de meros exercícios de Xiconhoquice. Reunidos pouco mais de dois dias na sua Catedral, na cidade da Matola, o presidente do partido, que por sinal é Presidente da República, Filipe Nyusi, voltou a mentir aos moçambicanos afirmando que a crise que vivemos, desde o segundo ano em que assumiu a Presidência, deve-se às condições climatéricas adversas e pela quebra do preço dos produtos de exportação.
Sequestro de Ericino de Salema
Quando parece que, como país, temos estado a dar largos passos para nos tornarmos um Estado de Direito democrático, eis que somos surpreendido com notícias de raptos e violência contra aqueles que, no âmbito da liberdade de expressão, ousam exprimir as suas opiniões publicamente. O caso mais recente de Xiconhoquice tem a ver com o sequestro do jornalista, jurista e comentador Ericino de Salema. Salema foi raptado no início da tarde do 27 de Março defronte do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) por desconhecidos que o amarraram e violentaram antes de o abandonarem nos arredores do distrito de Marracuene, na cidade de Maputo. É caso para dizer que há muito que deixamos de ser um país onde a liberdade de expressão é um direito consagrado na Constituição da República.
@VERDADE - 30.03.2018