A produção anual de carne de frango na província de Tete é de cerca de 600 toneladas, cifra que está muito aquém das quase oito mil toneladas necessárias para suprir a demanda, anunciou sexta-feira o governador, Paulo Auade, citado pela AIM.
“No ano passado, a nossa província registou uma produção de 637 toneladas de carne de frango que está muito aquém da demanda que é de 8.956 toneladas por ano”, disse Auade, na abertura do I Seminário de Capacitação de Avicultores e Extensionistas de Tete.
A produção actual corresponde a cerca de 7,1 por cento da demanda, razão pela qual o governador sublinha a necessidade do aumento da produção, pois a carne de frango tem um contributo inestimável na disponibilidade de proteína animal e, deste modo, melhorar a dieta e estado nutricional das famílias.
Auade afirma que a meta do governo é reduzir a importação de frango, através da produção local e o seu Executivo continuará a apostar na alocação de insumos para a concretização deste projecto.
“O investimento no sector agrário, especialmente na produção do frango, constitui uma das maiores oportunidades de negócio para a província, bem como para a massificação do processo de transferência de tecnologias agrárias, de modo a transformar mais jovens e mulheres em empresários e empreendedores do ramo agrário”, sublinhou Auade.
Por isso, o governante convida os provedores de serviços e produtores de ração animal para o estabelecimento de programas e parcerias no sentido de se produzir mais cereais. Isso irá ajudar a reduzir os custos da ração, que é o factor determinante na produção de frangos.
Para o efeito, Auade lançou um desafiou a empresa Higest a estabelecer parcerias com os agricultores locais para o aumento da produção de cereais e soja, que são alguns dos principais ingredientes para a produção de ração.
“A nossa província tem potencial para a produção massificada de cereais, com destaque para o milho e a soja, implementos necessários para a produção de rações”, frisou.
O governador também ambiciona ver na província uma unidade de abate e processamento de frangos.
Explicou que a avicultura constitui um dos focos centrais da acção governativa, daí a realização, em Dezembro de 2016, em Rapale, em Nampula, da I Reunião Nacional para Reflexão da Cadeia de Valor da Avicultura, orientada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.
Na altura, os participantes vincaram a necessidade de acções concretas que conduzam o país para uma situação de auto-suficiente na produção de frango até 2019.
AIM – 30.04.2018
NOTA: Esta aflição governativa deve ser consequência do frango/galinha que Nyusi ofereceu de aumento salarial.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE