Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Compra de autocarros na empresa de Guebuza
Depois de mergulhar o país numa crise financeira sem precedentes, o antigo estadista moçambicano, Armando Guebuza, continua a facturar à custa dos moçambicanos. Mais uma vez, o Governo da Frelimo voltou a fazer negócio com o ex-Presidente da República na compra de autocarros. Ou seja, 100 dos 204 autocarros foram vendidos ao Estado por Armando Guebuza, através da “Tata Moçambique”, a subsidiária da “Tata da Índia”, detida em 25% por ex- -Chefe de Estado. importa lembrar de que no ano passado Guebuza ganhou um contrato público no valor de 27,6 milhões de dólares norte-americanos. Em 2011, a empresa de Guebuza forneceu ao Estado moçambicano 150 autocarros movidos à gás e, presentemente, quase todos encontram-se paralisados, até porque a empresa não forneceu acessórios. E tudo indica que a história se repete.
Resposta do Governo aos deputados
As respostas dadas pelo Governo moçambicano aos deputados mostram o quão este país está entregue a sua sorte. A título de exemplo, quando questionado pelos deputados da Assembleia da República em Sessão de Perguntas ao Governo, o ministro da Economia e Finanças não revelou qual é a real situação de insustentabilidade da Dívida Pública de Moçambique. Aliás, Maleiane não admitiu que a crise que vivemos foi precipitada pela descoberta em Abril das dívidas da estatais Proindicus e MAM, contraídas com garantias soberanas emitidas pelo seu antecessor violando a Constituição da República e leis orçamentais. Ou seja, Maleiane foi ao Parlamento driblar não só os deputados mas também o povo moçambicano.
Desvio de fundos na UP de Quelimane
A propensão ao roubo parece uma marca registada de alguns moçambicanos. É o caso dos cinco funcionários e dois estudantes da Universidade Pedagógica – delegação de Quelimane, na província da Zambézia. Os indivíduos em alusão foram foram recolhidos aos calabouços por ordens da Procuradoria Provincial da Zambézia, por envolvimento no desvio de mais de um milhão e trezentos meticais. Os visados são acusados de falsificação de talões de depósitos daquela instituição pública de ensino superior. O roubo aconteceu entre 2015 e 2017. Os funcionários da UP falsificavam talões bancários para fazer com que a direcção da instituição pensasse que os devedores tinham quitados as suas dívidas. Isso é, na verdade, a ponta do iceberg do que tem estado a acontecer nas instituições públicas.
@VERDADE - 26.05.2018