UM total de dez mil casas serão erguidas a partir do ano em corrente no país, cinco mil da quais na cidade da Matola, na província do Maputo, com o financiamento da empresa chinesa Henan Gou Ji.
O acordo que formaliza tal projecto foi rubricado ontem, em Henan, pelo Fundo de Fomento de Habitação (FFH) e a empresa Gou Ji, numa cerimónia testemunhada pelo Presidente da República, Armando Guebuza, que hoje termina a sua visita de seis dias à China à convite do estadista chinês Hu Jintao.
Sem avançar com os custos do empreendimento, o Presidente do Conselho de Administração do FFH, Rui Costa, explicou-nos que o projecto será erguido no bairro Intaca, periferia da cidade da Matola, tendo como potenciais beneficiários funcionários públicos, jovens, combatentes, podendo também acomodar a população circundante do empreendimento.
Costa indicou que os detalhes de natureza técnica estão ainda a ser finalizados pelas partes, sabendo-se que a edificação dos 10 mil fogos estará sob a responsabilidade da empresa chinesa financiadora.
Falando a jornalistas nacionais que cobriram a visita de Estado, Armando Guebuza, fez questão de explicar que “nós em Moçambique, estamos a trabalhar para estimular a construção de habitação para jovens, trabalhadores e outros extractos sociais. E aqui temos um acordo com os chineses para fazerem a construção de um certo número de casas e nós continuaremos nessa linha. Naturalmente que essas casas a serem construídas pelos técnicos chineses terão que ter em conta o nosso clima, a nossa maneira de ser e o sector ligado ao fundo da habitação estará a trabalhar no sentido de, na construção dessas casas, satisfazer a nossa maneira de ser, mesmo em termos arquitectónico.
Ainda ontem, o Presidente da Republica visitou uma residência modelo, no novo centro de desenvolvimento da cidade de Zhengzhou, uma urbe onde estão a ser erguidos milhares de fogos entre arranha-céus e habitações para populações de média e baixa renda.
Denunciando uma invulgar satisfação, o Presidente do Conselho Municipal da Matola, Arão Nhancale, que também integrou a missão empresarial mocambicana a Henam, explicou ao enviado do Notícias que “este projecto é resultado de um acordo que assinamos recentemente com o Fundo de Fomento de Habitação e que vai catapultar o desenvolvimento da zona norte da cidade industrial da Matola.
Este modelo de projecto habitacional é muito inovador no sentido em que não só prevê a construção de casas de vários tipos mas também contempla a edificação de infra-estruturas sociais como universidades, hospitais, supermercados, jardins e parques entre outras facilidades. Estamos, na verdade, a falar de um novo pólo de desenvolvimento que vai despontar na cidade da Matola e que irá, certamente, melhorar a qualidade de vida dos citadinos, elucidou Nhancale.
Aliás, o Presidente do Conselho de Administração do FFH, Rui Costa, frisou, a propósito, que este empreendimento se enquadra na política do Governo no que tange ao fomento de habitação, sendo que projectos de género estão a ser desenhados pela instituição.
- Jaime Cuambe, nosso enviado
EM tempo: Alguém viu estas casas?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE