O Presidente da República, Filipe Nyusi, dirigiu, hoje, as cerimonias centrais alusivas aos 43 anos da Independência, na ocasião o Chefe de Estado destacou a luta dos Heróis que deram a vida pelo seu povo. “Foram esses patriotas, alguns ainda vivos, que arquitectaram a nossa unidade e lutaram em condições difíceis até nos libertarem do regime colonial”.
Nyusi exortou aos moçambicanos a travar uma luta para o desenvolvimento do país. “Temos de resistir a tudo como os nossos libertadores, ontem, resistiram até a vitória final.
O Chefe do Estado lembrou que os 43 anos da Independência celebram-se num contexto em que há desafios por vencer como a paz, estabilidade política e macroeconómica.
Sobre o processo de paz Nyusi disse que o Governo está aberto para um diálogo directo com a liderança da Renamo, uma vez que os resultados iniciais do diálogo deram alguns frutos como a cessação das hostilidades militares e a aprovação parcial da revisão da Constituição da República.
“Continuaremos a dialogar e a vincar o consenso que já havia sido encontrado no que tange ao desarmamento, desmobilização e reinserção dos homens da Renamo”, disse.
Nyusi acrescentou que o desarmamento, a desmobilização e a reinserção, são a condição sine qua non para um país democrático, estável e pacífico.
“Não há alternativa ao desarmamento, desmobilização e reinserção e deve começar já”.
O Chefe de Estado repugnou os ataques perpetrados, em Cabo Delgado, pelo grupo denominado Al shabab, considerando que esses actos são perturbadores da tranquilidade e atentam contra a saúde pública.
“ São actos hediondos que repugnam a todos, semeiam dor e luto nas famílias moçambicanos e provocam pânico nas populações”, disse Nyusi acrescentando que, qualquer revindicação da população deve ser apresentada em locais apropriados e pela via do diálogo.
Nyusi afirmou que o Governo não vai descansar até que sejam encontrados os perpetradores desses actos de violência contra população de Cabo Delgado.
“De forma Vigorosa condenamos esses actos e não descansaremos até que seus perpetradores sejam neutralizados e responsabilizados pelos seus crimes”.
O PR salientou que o Governo tem estado permanentemente a procura de soluções estratégicas, sem assumir a postura de vítima, sejam elas internas ou externas que permitam uma actuação objectiva exercendo o seu papel de Estado.
O PAÍS – 25.06.2018