O Programa Mundial Alimentar das Nações Unidas (PAM) vai enviar na póxima segunda-feira ajuda alimentar para assistir 10 mil pessoas afectadas pelos ataques armados em Cabo Delgado, norte de Moçambique, disse ontem à Lusa fonte da organização .
De acordo com um porta-voz contactado pela Lusa, através da sede regional do PAM, em Joanesburgo, a operação de ajuda alimentar prevista para 06 de Agosto aguarda neste momento "luz verde" das autoridades locais da ação Social em Cabo Delgado.
O PAM diz que recebeu pedidos de assistência alimentar de autoridades locais em dois dos distritos mais afetados pela violência no norte de Moçambique.
"A organização realizou missões de avaliação em Mocímboa da Praia e Palma, em coordenação com as autoridades distritais e provinciais, e planeia iniciar em breve a assistência alimentar às populações mais afetadas, estimada em 2.000 famílias (ou 10.000 pessoas)", referiu.
"Um total de 240 toneladas de milho e 36 toneladas de alimentos (feijão e óleo) serão fornecidos, o suficiente para pelo menos 3 meses de consumo alimentar", precisou.
A organização adiantou que esta operação será gerida pelo escritório provincial do PMA em Pemba, com seis funcionários dedicados, e será implementada por um parceiro local, a organização não governamental AMA (Associação do Meio Ambiente).
O porta-voz da ONU disse que a ajuda alimentar será transportada por uma frota de 10 camiões de 30 toneladas, contratados localmente pelo PAM, de Nacala, província de Nampula, para armazéns do PAM em Mocimboa da Praia e Palma, próximo da fronteira norte de Moçambique com a Tanzânia.
A AMA fará depois o transporte dos armazéns distritais para os locais de distribuição em ambos os distritos, acrescentou.
De acordo com a fonte da Lusa, o PAM e a Equipa Nacional das Nações Unidas em Moçambique, "continuam preocupados com a violência em curso no norte de Moçambique, que ceifou vidas, destruiu casas e interrompeu a subsistência em cinco distritos em Cabo Delgado".
Adiantou que "o PAM informou o Governo da sua disponibilidade para prestar apoio multisectorial em resposta à situação".
LUSA – 31.07.2018