Pouco mais de cinco milhões de eleitores zimbabweanos são chamados, próxima segunda-feira, para escolher o seu próximo líder: Emmerson Mnangagwa ou Nelson Chamisa. Este sábado, Os dois candidatos apelaram ao voto pela última vez antes das eleições, em dois comícios separados na capital, Harare.
Durante o regime do antigo Presidente Robert Mugabe, as campanhas eleitorais neste país eram caracterizadas por violência e mortes, mas desta vez, o cenário mudou.
“A prevalência de violência é muito menor agora, comparada com eleições anteriores. A justificação óbvia é que o Presidente Emmerson Mnangagwa tem proclamado a paz e, como resultado, os partidos políticos cumprem. Há compromisso, há vontade política para que não haja violência”, comenta a porta-voz da polícia, Charity Charambe, citado pela DW.
Os principais rivais, o Presidente Emmerson Mnangagwa e líder da ZANU-PF, e Nelson Chamisa, candidato do Movimento pela Mudança Democrática (MDC), têm evitado ataques pessoais. Os dois concorrentes dizem estar confiantes que vão conseguir ser eleitos para dirigir os destinos do Zimbabwe.
Num evento de campanha recente Mnangagwa disse já pensar no local para festejar. “Vamos ganhar estas eleições pelas urnas. Sem dúvida que vamos ganhar. Vai ser uma vitória estrondosa”, disse o actual Presidente, ainda citado pela DW.
O líder da oposição, por sua vez, também garantiu uma vitória certa e diz ter a vontade do povo do seu lado.
“As pessoas querem que nós derrotemos a ditadura, que derrotemos a pobreza, que derrotemos a tirania, que derrotemos o seu desespero. Vocês têm de saber que a nossa vitória é certa!”, declarou Nelson Chamisa.
Apesar de um ambiente político mais tranquilo, a oposição vai às eleições com queixas contra a Comissão Eleitoral do Zimbabwe, que acusam de manipulação em prol do partido no poder, a ZANU-PF, como era habitual durante o regime de Robert Mugabe.
O PAÍS – 28.07.2018