A UNESCO, Oficina de História Moçambique e parceiros estão a organizar o Colóquio Internacional “Memória da Escravidão na Ilha de Moçambique: história, resistência, liberdade e património” de 20 a 23 de Agosto de 2018 na ilha de Moçambique, província de Nampula, no contexto da comemoração dos 200 Anos da Ilha de Moçambique como cidade, considerada pela UNESCO Património Mundial da Humanidade, da Celebração do Dia Internacional da Lembrança do Tráfico de Escravos e de sua Abolição, e da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024) proclamada pelas Nações Unidas.
Este evento contará com a participação de investigadores e artistas de vários países: África do Sul; Brasil; Canadá; Dinamarca; Estados Unidos da América; Ilhas Reunião; Madagáscar; Portugal; Quénia; Ilhas Mayotte, Colômbia e Moçambique.
Com objectivo de promover um melhor entendimento das inferências directas e indirectas criadas pela instituição da escravatura na Ilha de Moçambique desde os primórdios até os tempos actuais, este colóquio pretende igualmente analisar as formas em que a instituição da escravatura é lembrada, pesquisada, ensinada e publicamente apresentada, bem como reflectir numa dimensão histórica de carácter inter-multidisciplinar sobre a escravatura e o comércio de escravos na Ilha de Moçambique e sudeste da África, divulgando coleções especiais de pesquisas disponíveis em instituições internacionais ou em arquivos
privados e públicos que envolvem explicitamente questões relacionadas à escravatura, tráfico de escravos, resistência, abolição, e seus legados em Moçambique e na diáspora.
VERTICAL – 20.08.2018
NOTA: Convém não esquecer que a escravatura já era praticada pelos árabes na Costa oriental de África, incluindo a Ilha de Moçambique, antes da chegada dos portugueses.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE