O líder da oposição do Zimbabwe, Nelson Chamisa, que contestou os resultados das eleições presidenciais, quer ser, no sábado, simbolicamente investido “legítimo” presidente do país, anunciou hoje o seu porta-voz.
"O presidente (Chamisa) será reconhecido como o presidente legítimo do Zimbabwe pelo seu partido e pelo povo, de acordo com as resoluções do partido", afirmou Nkululeko Sibanda, porta-voz de Chamisa, à agência noticiosa France-Presse.
Sibanda referiu que “o partido vai investir o seu Governo por ocasião do seu 19.º aniversário” no sábado, e que as resoluções “serão votadas para reconhecer publicamente a sua vitória”.
"O outro presidente [Emmerson Mnangagwa] foi colocado em prática por meios ilegais, mas o povo vai investir o presidente Chamisa", acrescentou.
Emmerson Mnangagwa foi declarado eleito com 50,8% dos votos, enquanto Chamisa, líder do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), obteve 44,3%.
Em 26 de Agosto, o Presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangawa, tomou oficialmente posse, após várias semanas de controvérsia sobre as condições da eleição, considerada fraudulenta pela oposição.
Nelson Chamisa contestou os resultados das eleições presidenciais de 30 de Julho no Tribunal Constitucional que rejeitou o seu recurso por falta de provas e validou a vitória do chefe de Estado, Emmerson Mnangawa.
Em 24 de Agosto a principal força da oposição no Zimbabwe, liderada por Chamisa, afirmou que "respeita" a decisão da Justiça, mas que recebeu, com "grande pesar", a validação da vitória eleitoral do Presidente Emmerson Mnangagwa.
Na sexta-feira, o antigo presidente do Zimbabwe Robert Mugabe, disse que aceitava a vitória eleitoral de Emmerson Mnangagwa apesar de ter afirmado, antes das presidenciais, que não ia votar no candidato da ZANU/PF.
LUSA - 11.09.2018