O “espião” que assinou os contratos de financiamento das três estatais que endividaram ilegalmente os moçambicanos, António Carlos do Rosário, assim como a actual vice-ministra da Economia e Finanças que rubricou o primeiro acordo com o banco Credit Suisse, Maria Isaltina Lucas, são os dois outros moçambicanos que as autoridades norte-americanas pretendem deter e julgar no âmbito dos empréstimos contraídos pelas empresas Proindicus, EMATUM e MAM e pelos subornos de mais de 36 milhões de dólares que terão recebido através do grupo Privinvest.
Analisando o despacho da acusação proferida pelo United States District Court for Eastern District of New York em paralelo com as Garantias Bancárias, os contratos de financiamento e a Auditoria da Kroll o @Verdade concluiu que para além de Manuel Chang a Justiça também emitiu mandatos de captura para os cidadãos moçambicanos António Carlos do Rosário e Maria Isaltina Lucas.
“A documentação analisada durante a Auditoria Independente aponta para um pequeno grupo de membros do SISE(Serviços de Informação e Segurança do Estado) e do Governo, liderados pelo Indivíduo A, exercendo controlo sobre o planeamento” da Proindicus, EMATUM e MAM indica a Auditoria aludindo a António Carlos do Rosário. Aliás este funcionário da “secreta” moçambicana admitiu em Dezembro de 2016 à Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) a situação da Dívida Pública que a Proindicus SA foi a empresa-mãe que originou a fraude dos empréstimos ilegais mas por indicação do banco suíço foi necessário criar as outras duas empresas.
“Se conseguíssemos todo (dinheiro, Nota do Editor), ao abrigo da Proindicus, já não precisávamos de ir para as outras, a actividade de pesca encontrávamos uma forma de se fazer. Mas quando a Proindicus faz a primeira operação de financiamento de 372 (milhões de dólares norte-amnericanos) e depois tem o segundo acréscimo, o banco financiador, que é o Credit Suísse... foi através do sindicato bancário, já não conseguiu mobilizar mais. Os investidores, os bancos que participaram do sindicato já começam a mostrar algum sinal de desconforto porque o passivo da empresa é enorme num País como Moçambique quando não há (experiência) quando está tudo a começar tudo de zero . ... A solução é parcelar as actividades”, explicou António Carlos do Rosário aos deputados membros da CPI.
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