As reservas estrangeiras de Moçambique deverão manter-se praticamente inalteradas, quando o Governo começar a pagar os juros da emissão de títulos da dívida, no seguimento do acordo preliminar anunciado em Novembro, disse a consultora Bloomberg Intelligence.
"As reservas, provavelmente, não vão cair quando Moçambique recomeçar a pagar os juros sobre os “eurobonds”, no seguimento do acordo com os investidores", lê-se numa nota desta consultora, que dá conta de que este valor representa menos de 40 milhões de dólares por ano.
"Os pagamentos dos cupões para a nova emissão com data de 2033 equivalem a mais ou menos 38 milhões de dólares por ano, sem haver amortizações até 2029", escrevem os analistas, notando que "as reservas estrangeiras de Moçambique aumentaram mais de 50% em 2017, mais pelo aumento das exportações de carvão do que por um abrandamento do serviço da dívida no seguimento do incumprimento financeiro sobre a emissão de 2016", no valor de 50 milhões de dólares.
O Governo anunciou, no princípio de Novembro, que tinha chegado a um acordo de princípios com os credores dos títulos da dívida soberana, mas o acordo ainda não foi formalizado.
O Ministério das Finanças anunciou a intenção de reunir todos os credores num fórum, ainda no primeiro trimestre deste ano, para debater os pagamentos em falta, mas também ainda não anunciou a data para esta iniciativa.
NOTÍCIAS – 29.01.2019