Detenção de sul-africano em Cabo Delegado é outro dos tópicos em discussão
A detenção na África do Sul do ex ministro das finanças moçambicano Manuel Chang será um dos tópicos em discussão num encontro Segunda-feira no Maputo entre os presidentes Cyril Ramaphosa e Filipe Nyusi.
O anúncio do encontro foi feito pela ministra dos negócios estrangeiros sul-africana Lindiwe Sisulu num encontro com jornalistas em que abordou as recentes eleições no Congo Democrático e Madagáscar e ainda a presença da África do Sul no Conselho de Segurança da ONU a partir deste mês.
As autoridades moçambicanas tinham anteriormente afirmado que não tinham sido informadas pelas autoridades sul-africanas da detenção de Manuel Chang e da existência de um mandado de captura contra o ex-ministro.
Sisulu disse que essas questões deverão ser esclarecidas no encontro entre os dois chefes de estado.
Chang foi preso no passado dia 29 de Dezembro a pedido das autoridades judiciais dos Estados Unidos onde faz face a diversas acusações de fraude, suborno e lavagem de dinheiro no processo das “dívidas escondidas”.
Os advogados do antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, meteram nesta Quinta-feira, 10, um recurso no Tribunal Superior de Pretória contra três decisões tomadas pelo tribunal distrital de Kempton Park, em Joanesburgo, a favor do Ministério Público sul-africano.
Eles discordam da validação da detenção de Manuel Chang, a alegada recusa em obterem, da Procuradoria, informações mais detalhadas sobre as acusações e o valor da caução colocada na categoria cinco do direito criminal sul-africano.
A defesa quer que a caução seja tratada no direito comum e mesmo assim considera que Chang não cometeu nenhum crime no território sul-africano e, por isso, quer a revisão das três decisões por um tribunal superior.
Outra questão a ser discutida entre os presidentes dos dois países na Segunda-feira é a detenção de uma cidadão sul-africano Andre Hanekom que foi preso na província moçambicana de Cabo Delegado acusado de fornecer apoio a grupos que tem levado a cabo ataques em diversas partes da província.
A mulher de Hanekom, Francis, nega veementemente a acusação afirmando que a sua prisão é o resultado de cobiça de algumas personalidades locais que se querem apoderar do seu negócio.
O sul-africano foi levado para uma base militar onde não tem acesso a advogado.
VOA – 13.01.2019
NOTA: Será que o sul-africano Hanekom foi preso para servir de moeda de troca? Por isso está sem advogado e em base militar.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE