Portugal vai apoiar Moçambique na formação de quadros na área de turismo para gestão do património da Ilha de Moçambique, disse hoje à Lusa, em Maputo, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.
"Trata-se de uma parceria que será desenvolvida com um instituto de formação na ilha de Moçambique, como forma de contribuir para o aproveitamento do valor histórico e turístico local", disse Ana Mendes Godinho, no segundo dia de uma visita de trabalho a Moçambique.
O acordo para o arranque da formação vai ser assinado no próximo mês em Portugal, no âmbito da edição de 2019 da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), que decorre entre 13 e 17 de Março.
A formação, que se espera que arranque em julho, vai abranger numa primeira fase professores na ilha de Moçambique e, numa segunda fase, estudantes, que vão ser instruídos em matérias ligadas à importância do uso de métodos tecnológicos na divulgação do potencial turístico da ilha.
"A ilha de Moçambique tem um valor histórico e pode ser um exemplo de como o turismo pode ajudar no desenvolvimento local", acrescentou a secretária de Estado do Turismo de Portugal, que visitou a ilha na Terça-feira.
Para Ana Mendes Godinho, a qualificação dos recursos humanos na área do turismo é um dos principais desafios para todos os países lusófonos, além da acessibilidade aérea e a sustentabilidade do sector.
"Em todos países lusófonos é necessário que se garanta que o turismo seja um instrumento de desenvolvimento sustentável. É preciso assumir o turismo como instrumento chave para o desenvolvimento destes países", concluiu Ana Mendes Godinho.
Ocupando uma área de 245 quilómetros quadrados, a ilha de Moçambique, na província de Nampula, foi a primeira capital de Moçambique, permanecendo de pé diversos monumentos históricos, como a Fortaleza de São Sebastião.
Em 1991, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) considerou a ilha de Moçambique Património Mundial da Humanidade.
No âmbito das comemorações do bicentenário como cidade no ano passado, Portugal organizou um total de sete exposições, na Ilha e em Maputo, além de seminários, documentários e outras actividades ligadas à cidadania e a boas práticas.
LUSA – 27.02.2019