Afirmou Celso Correia na conversa que teve com Inês Moiane que “Não fui burro em Cahora Bassa, porque eu em Cahora Bassa podia ter ganho 100 milhões, tinha proposta de 100, tinha (...) ganhei 30(?) milhões de dólares".
Não admira que tivesse que dividir os 100 milhões com outros… Quem seriam estes?
Recordem aqui:
WikiLeaks: Guebuza terá recebido comissão entre 35 e 50 milhões de dólares no negócio de Cahora Bassa
O Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, terá recebido uma comissão entre 35 e 50 milhões de dólares no negócio da compra da Hidroeléctrica Cahora Bassa a Portugal, revelou o portal Wikileaks, citando telegramas da embaixada dos EUA em Maputo.
Nesses documentos, o Presidente Armando Guebuza é referido como estando envolvido em "todos os acordos de mega projetos de milhões de dólares, com estipulações nos contratos que determinam que se trabalhe com o sector privado moçambicano".
Um exemplo dado é "o envolvimento de Guebuza na compra da barragem de Cahora Bassa ao Governo Português por 950 milhões de dólares".
LUSA/SAPO – 09.12.2010
Ministro Celso Correia deve 60 milhões de euros à banca portuguesa relacionados com a reversão de Cahora Bassa
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“Banco Português entregou as suas acções no BCI a uma empresa controlada por Guebuza”
Importa ainda referir que estas operações financeiras aconteceram por altura da reversão da barragem de Cahora Bassa do Estado português para o moçambicano, num negócio de 950 milhões de dólares norte-americano, e que foi financiado por um consórcio bancário composto pelo banco português BPI e pelo francês Calyon.
Um telegrama da embaixada dos Estados Unidos da América(EUA) em Maputo, divulgado em 2010 pelo sítio na internet WikiLeak, revelou que o então Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, esteve envolvido particularmente na compra da barragem de Cahora Bassa tendo recebido o seu quinhão através do grupo Insitec que em 2007 passou a deter 18,1% do BCI.
“O Banco Português que organizou o financiamento entregou as suas acções no BCI a uma empresa controlada por Guebuza”, refere o telegrama confidencial da embaixada dos EUA.
Em 2007, Celso Correia, disse que a entrada do grupo Insitec no capital do BCI foi materializado através de uma operação de financiamento pela Caixa Geral de Depósitos.
@IVERDADE – 30.09.2016
In http://www.verdade.co.mz/nacional/59623-ministro-celso-correia-deve-60-milhoes-de-euros-a-banca-portuguesa-relacionados-com-a-reversao-de-cahora-bassa
Celso Correia: o Santo
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Mas quem tem vindo a acompanhar o percurso de Celso Correia sabe que ele não é uma certeza. Ele é ainda uma promessa. Celso está deixando a selva do empresariado, onde lhe fizeram tigre antes de tempo, para abraçar uma carreia política, para a qual foi sinalizado por Guebuza e agora abraçado por Nyusi. Seu papel na reversão de Cahora Bassa é tido nos bastidores como central para o casamento com Guebuza, donde se segue o BCI, uma aventura que está em vias de terminar: sua participação no BCI (cerca de 19%) vale entre 80 a 90 milhões de USD, e sua dívida à Caixa Geral de Depósitos e ao BPI atinge os 60 milhões de USD. A CGD e o BPI deverão ficar com as ações no BCI e, no final, ele terá a haver entre 20 a 30 milhões de USD. Não sai a perder, como muito se especulou. E, geralmente, nunca perdeu. Há anos, comprou a Cimentos de Nacala e vendeu pelo dobro à brasileira Camargo e Correia, em 2010. Na CETA também não perdeu.
Marcelo Mosse – 07.02.2017
NOTA: Não foi com as dívidas ocultas que tudo começou. Como podem ver(e agora confirmado por Celso Correia na gravação vinda a público) o complot já havia começado antes, e como correu bem, meteram-se em grande nesta operação. O azar foi terem-se metido com americanos ou a América, pelo meio…
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE