As forças armadas norte-americanas receberam instruções diretas do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para prestarem ajuda a Moçambique nos esforços de reparação da destruição causada pela passagem do ciclone Idai no dia 14 de março. A informação do Comando norteamericano para África (AFRICOM), divulgada hoje em comunicado, surge três dias depois do pedido formal de ajuda à comunidade internacional por parte do Governo moçambicano.
O texto explica que o AFRICOM presta apoio à reparação de desastres “sempre que as suas capacidades únicas possam ser utilizadas na resposta do Governo norteamericano”.
O comunicado anuncia ainda que a Força Conjunta Combinada norteamericana no Corno de África irá liderar os esforços militares dos Estados Unidos e que uma avaliação inicial das necessidades foi já lançada no local dos acontecimentos.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez, pelo menos, 762 mortos, segundo os balanços oficiais mais recentes. Em Moçambique, o número de mortos confirmados subiu hoje para 447; no Zimbabué foram contabilizadas 259 vítimas mortais e no Maláui as autoridades registaram 56 mortos. O ministro moçambicano da Terra e do Ambiente, Celso Correia, sublinhou hoje que estes números ainda são provisórios, já que à medida que o nível da água vai descendo vão aparecendo mais corpos.
O número de pessoas afetadas em Moçambique subiu para 794.000. A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que está a preparar-se para enfrentar prováveis surtos de cólera e outras doenças infecciosas, bem como de sarampo, em extensas zonas do sudeste de África afetadas pelo ciclone Idai, em particular em Moçambique.
LUSA – 25.03.2019