As cegas investidas do ciclone “IDAI” na República de Moçambique trouxeram uma vivência de tragédia humana sem precedentes, devido a impiedosa inundação das bacias que proporcionaram a ousadia aos rios para invadirem áreas Populacionais, o que obrigou milhares de Cidadãos a dissiparem-se, fazendo com que os seus parcos haveres fossem engolidos pelas águas sujas, as suas preciosas culturas destruídas, seus valorosos bens enlameados e, os animais de nutritiva subsistência transformados em cadáveres inanimados.
Por outro lado, os enfurecidos bramidos de trovoadas emergiram chuvas intensas, repercussoras de fortes ventos capacitadas a arrancar copas das árvores, causando estragos em habitações cujos tectos, foram arrastados e violentamente jogados para longe.
As diversificadas infraestruturas da urbe Beirense foram danificadas em 90%, como só acontece em ambientes de guerras fraticidas, testemunhadas em filmes premiados com óscares.
A sofrer este quadro de angústia soou a hora, de todo o Povo Moçambicano se unir espontâneamente, porque a sincera solidariedade humana irradia do coração do Povo.
Infelizmente «MOÇAMBIQUE ESTÁ À “BEIRA” DE NÃO ACREDITAR NA ESPERANÇA», uma vez que volvidos ainda 6 dias após a passagem do ciclone, números incalculáveis de Cidadãos isolados ainda estão por localizar, o que predestina mais tristezas a caminho.
A População está entregue ao infortúnio amargurado pelas doenças ditadas pelos mosquitos, assustados encaram com a cara do diabo pelo inferno, que é viver sem luz e água.
Angustiados só lhes resta observarem a apocalíptica película de longa-metragem, que exibe na realidade os cadáveres dos familiares, (que nem sequer podem enterrar).
Assim veem as suas vidas cingidas aos “TIC-TAC” dos segundos, dos minutos, das horas e dos dias, na contemplação do cimo dos telhados das casas submersas, o estendido espectáculo das águas que os rodeiam, que com um ensurdecedor e fúnebre silêncio, os obrigam a encarar presencialmente a CALAMIDADE.
“UM DOS FLAGELOS DESTA ERA, ENCARNADOS PELAS DESCONJUNÇÕES CLIMÁTICAS, ABRILHANTADAS AO LONGO DOS SÉCULOS, PELOS HOMENS DESBOTADOS DE HUMILDADE E COMPETÊNCIA CIENTÍFICA”.
«Assim concluímos que, a fúria dos ventos e os danos causados às dispendiosas infraestruturas, não são mais ruinosas para o futuro duma Nação, do que causam a desmedida ambição, arrogância e a corrupção, estampadas nas virtudes dos seus Governantes.
Este è o quadro que ilustra perante o Mundo, o resumo da história da República de Moçambique, cujo conteúdo nos adestra improficiência desde 03 de Fevereiro de 1976.
O supremo cúmulo do pecado, é constatar impotência alheia, de quem se encontra sitiado numa conjuntura de falência ambiental e, ignorá-lo até à morte, para após a tempestade gozar a bonanza, exibindo sinais exteriores de riqueza e poder material.
A solução duma fórmula para o “bem-estar” dos 28 milhões, não passa somente pela ânsia do “voto”:
“O FUTURO SE CIRCUNSCREVERÁ NUMA ACÇÃO FLEXÍVEL CUJA GEO-ESTRATÉGIA GLOBAL, DITARÁ A REURBANIZAÇÃO DAS MENTES DOS HOMENS, PARA GERAREM A ETIQUETA DUMA NOVAORDEM, É O «ALGO MAIS», QUE NOS FALTOU OUTRORA E AINDA HOJE SE REQUER”»
VLITOS – 23.03.2019