Tem nome, são os Chineses, o Banco Mundial e a União Europeia.
O vento e as chuvas por mais fortes que sejam não matam ninguém, o que esta a matar na Beira, são as torrentes de lama e as derrocadas, como consequência do desflorestamento.
As torrentes de lama, são devidas a desflorestação, corte de madeira, promovidas pela exportação de madeiras para os países Asiáticos.
O que os Moçambicanos ganharam com essa desflorestação??
Cheias provocadas pelo ciclone Idai, centenas de mortos, estradas destruídas com a circulação dos camiões e pouco mais.
Os ganhos obtidos com essa desflorestação que se iniciou em 1992, depois da guerra civil, não pagam agora os estragos de milhões de usd, causados pelo Idai.
Nem uma saca de arroz de ajuda se ouve falar agora dos Chineses.
Lembro que a China neste momento esta a fomentar florestações enormes no seu próprio território, a nível mundial e o pais onde as áreas de floresta estão a crescer mais.
O ''Slash and Burn'' queima e derruba depois de a madeira de boa qualidade ter sido retirada e os carvoeiros terem produzido o carvão.
Esta prática antiga de agricultura, possível quando Moçambique tinha 15 milhoes de habitantes, não mais é possível, a população de Moçambique em 46 anos duplicou e daqui a 20 anos vai voltar a duplicar.
O ''Slash and Burn'' combate-se permitindo o acesso generalizado das populações a fertilizantes e a sementes melhoradas, basta ver o exemplo do Malawi, onde o fertilizante é subsidiado a 30%, um território tão pequeno consegue alimentar 10 milhões de habitantes.
Moçambique só tem 28 milhões de habitantes e importa quantidades enormes de alimento, só arroz são 270 milhões de usd anualmente.
O ''Slash and Burn'' tem uma responsabilidade enorme no desflorestamento.
Os assassinos desta gente na Beira tem nome, Banco Mundial e União Europeia, que não tem permitido o governo Moçambicano subsidiar os fertilizantes, à semelhança do Malawi.
Ao BM e a UE, não lhes interessa que Moçambique comece a produzir em termos agrícolas porque tem os seus excedentes e querem vender os excedentes para Moçambique, fazer ''caridadezinha'' com os pobrezinhos dos Moçambicanos.
As pressões que o BM e a UE fazem no governo Moçambicano sempre que há tentativas de subsidiar os fertilizantes, são enormes, chantagens, tudo tem sido feito para não permitir os Moçambicanos terem acesso a fertilizantes e sementes melhoradas a preço que possam adquirir.
Só assim se conseguira eliminar as praticas de queima e derruba, permitindo que a floresta volte a recuperar, minimizando o impacto destes ciclones na costa Moçambicana.
(Recebido por email)
Em tempo: Segundo o embaixador da China já estão a caminho de Moçambique várias toneladas de arroz.