Por: Viriato Caetano Dias ([email protected] )
Há quem pregue a esperança e há quem profetize a desgraça. As televisões competem entre si sobre os melhores comentadores. O mal é que, em todas as épocas, têm aparecido profetas da desgraça, cuja missão é anunciar toda a espécie de males.
Também fora das televisões aparecem aqui e acolá pessoas pouco equilibradas que profetizam catástrofes e desgraças, talvez para preencherem a própria vida como se esta fosse um fracasso e projectarem sobre o mundo os seus desejos de destruição. Padre Manuel Maria Madureira da Silva in PRIORIDADES 1, 2014, p. 191.
Assusta-me. Há gente que faz vigília e sacrifica animais (à maneira africana) para ver o país cair na desgraça. Deles não se lê comentários positivos sobre os avanços conseguidos pelo governo no sector da saúde, da educação, da justiça. Não se ouve nenhum comentário agradável e nem sabem aconselhar quando alguma coisa corre mal. Há uma grande apetência de dizer mal para tudo quanto é notícia. Reúnem-se em sucessivas reuniões, com tema ou lemas bombásticos, para atacar o governo. Não fazem diagnósticos dos problemas que afectam o país, mas comungam de uma visão e ideias comuns e no final ditam uma sentença irrecorrível: “o país está mal, a culpa é do governo da Frelimo.
” Sabem gastar rios de dinheiros em workshops, patrocinados por alguns embriões do neocolonialismo, para engendrar a melhor estratégia de descredibilizar o país e a Frelimo. Organizar seminários para lançar pedras contra a Frelimo e fazer retardar o desenvolvimento do país, é um comportamento perverso à cidadania. Ademais, não são encontros pluralistas do ponto de vista de diversidade do pensamento (azar daquele que debitar uma opinião contrária a da maioria), porque só sabem encaixar notícias negativas e escamotear as verdadeiras. Não usam esse dinheiro para obras sociais, e se o fazem, não é sem a manifesta cobardia e interesses políticos inconfessos.
Pessoalmente, nunca ouvi um só panegirista do ocidente comentar as constantes violações dos direitos humanos que os seus “patrões” semearam no Iraque, na Líbia e na Síria. O tratamento que dão aos imigrantes africanos (para mim nenhum cidadão deste mundo é ilegal, a sua documentação sim, pode ser considerada ilegal) quando estes procuram refazer-se das más decisões dos governos dos seus “patrões” é doloroso e repugnante. Para esses lacaios do ocidente isto é de menos, se compararmos com um momento menos feliz da economia nacional. As crises existem não para amolecer os nossos corações, mas sim para tornar-nos mais resilientes e proactivos. Este país já reagiu há muitos abalos económicos, não será este que o fará vergar.
Continue reading "Há gente com fome de ver Moçambique cair na desgraça" »
Recent Comments