Por Major Manuel Bernardo Gondola
Quero começar por juntar-me ao [orgulho], a importância e a [relevância] da independência nacional. E…, de alguma forma a independência nacional vem significar para nós nova geração; desafios, compromisso e um [legado] que é preciso preservar.
E…, quando falo em [desafios] o primeiro grande desafio nos próximos 44 anos é mantermos a paz e mantermos a [reconciliação nacional]; acreditando todos que as questões de [reconciliação nacional] não se restringem aos políticos e que devem [abranger] as famílias, as comunidades e as aldeias nas partes mais [recônditas] de Moçambique.
E quando me refiro à [reconciliação nacional], me refiro a paz social, a prosperidade das pessoas, as Políticas Públicas inclusivas. [Reforma] das Instituições do Estado e sobretudo nas [ampliações] dos espaços e formas de participação formais/informações ou seja; o [fortalecimento] da Democracia porque todos nós somos sempre tentados a pensar, que a [reconciliação] é uma meta.
Não! Não é uma meta, ou seja; um [bem adquirido] e que ele por si só… poderá existir sem que façamos qualquer esforço. E, eu acho que nós todos devemos ter a [consciência e a noção] de que, cada um de nós pessoalmente e os autores institucionais devem dar o seu melhor para preservar um [bem], que é de todos os moçambicanos.
Do mesmo modo; um dos grandes [desafios] que nós temos nos próximos anos até para a [reconciliação] é trazer o discurso de justiça, fraternidade e principalmente de [tolerância]. Esta é uma das questões principais.
Sabemos que, a paz é fruto de [contradições] profundas existentes no seio da nossa sociedade e…,eu acho que um dos nossos grandes [desafios], para além da manutenção da paz e da nossa reconciliação nós precisamente [alterar] o nosso paradigma de formulação de Políticas Públicas. Porquê! Porque só assim poderemos estar a altura de [respondermos] àquilo que são os [desafios] que temos pela frente mormente; o combate a pobreza, combate a corrupção, uma educação com qualidade/qualificação para todos os cidadãos, uma economia que possa efectivamente [diversificar-se] e com isso gerar capacidade económica e riqueza para depois [redistribuirmos] para os nossos cidadãos; precisamos trabalhar em prol da saúde, precisamos melhorar o nosso sistema de justiça e…, portanto, eu acho passados todos esses anos de independência nacional, temos uma [janela] de oportunidade única para [corrigirmos] muito daquilo, que não fizemos ou fizemos mal ou não fomos capazes de fazer por razões óbvias.
Ainda assim; temos [sabido] lidar com os erros, [corrigindo] o que está mal e [evoluindo] para a excelência porque de facto, os ganhos dos últimos 44 anos estão ai.
Melhoramos o nosso [índice] de qualidade de vida, [diminuímos] a nossa taxa de mortalidade infantil, conseguimos ter uma taxa de cobertura escolar acima dos 60%, [aumentamos] a nossa esperança média de vida, a economia [cresceu] mas…, nem tanto quanto gostaríamos que tivesse crescido, ainda temos uma economia que é muito [dependente] dos outros e…, portanto me parece ainda assim, haver aqui uma grande [janela] de oportunidade para que todos nós e…, quando me refiro todos nós, não é só o [Governo], me refiro aos Partidos políticos, a sociedade civil temos aqui, uma grande oportunidade de [re] construir um país que possa ser de todos um país [melhor] para todos e…, para se viver.
E…,neste dia em que [festejamos] mais um aniversário da nossa independência nacional, uma visão nós temos que ter fundamentalmente aqueles, que têm a [responsabilidade] de governar o nosso país. Que o desenvolvimento social de Moçambique vai ser determinante nos próximos anos para que, a estabilidade política continue no nosso país. Porque…, nós estamos a ver exemplos; os conflitos que existem nos países africanos; no Congo/Záire, na República Centro Africana, no Burundí etc, etc é porque de facto, não houve a chamada [integração nacional].
Ou seja; eles passaram duma fase de [reconciliação] e, falharam ou estão falhando na minha opinião, na chamada fase de [integração nacional] e…, em Moçambique isso é possível fazer de facto, se [combatermos] as desigualdades sociais, assimetrias regionais ao nível do país todo.
E…,enfim…, esta [visão], eu creio que todos nós temos que ter, fundamentalmente aquele, que têm a [responsabilidade] de governar o nosso Moçambique.
Manuel Bernardo Gondola
Nampula, 23 de Junho 20[19]