- Introdução
O povo moçambicano vai, a 15 de outubro de 2014, dirigir-se novamente às cabines de voto, pela quinta vez, para eleger o novo Presidente da República. A eleição de outubro irá decidir o quarto presidente de Moçambique, desde que o país ficou independente de Portugal, em 1975.
As eleições multipartidárias em Moçambique nascem da aprovação da constituição de 1990, que instaurou o multipartidarismo, pondo fim ao sistema de partido único; e do Acordo de Paz de Roma, de 4 de Outubro de 1992, que pôs término a uma guerra civil que durou 16 anos, envolvendo a FRELIMO, no Governo, e a RENAMO, na oposição, que clamava por um país mais liberal, mais democrático.
A Frelimo, o partido no poder desde a independência, sempre se saiu vitorioso nas anteriores eleições. Em 1994, na primeira eleição presidencial, o candidato do Partido Frelimo, Joaquim Chissano, foi eleito Presidente da República com 44% dos votos contra 38% de Dhlakama. Em 1999, Joaquim Chissano, o candidato da Frelimo, foi reeleito com 52,3% dos votos, tendo Afonso Dhlakama, o candidato da Renamo, perdido novamente, com 47,7% dos votos. Na eleição presidencial de 2004, Armando Guebuza, o novo candidato da Frelimo, venceu com 63.7% dos votos, contra 31.7% de Afonso Dhlakama. As eleições foram criticadas por não terem sido conduzidas de forma justa e transparente. Guebuza tomou posse como Presidente da República sem o reconhecimento de Dhlakama e da Renamo