Moçambique tem um total de 54 coutadas e fazendas de bravio e 14 parques e reservas nacionais que cobrem 25% do território nacional. Nesses locais mapeados e devidamente identificados vivem vários animais de entre eles, elefantes, leões, Girafas, rinocerontes e outros. De acordo com Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), citada pela DW, o rinoceronte corre o risco de desaparecer em Moçambique devido à acção dos caçadores furtivos.
Só nos primeiros seis meses de dois mil e dezoito, duzentos e sessenta rinocerontes foram abatidos em coutadas, fazendas, parques e reservas para extrair estes cornos. Um homem de nacionalidade moçambicana foi detido na manha desta segunda – feira, na capital do país na posse de dois cornos de rinoceronte.
O suspeito segundo a polícia foi neutralizado quando alegadamente preparava-se para fazer a entrega da “encomenda” a presumível cliente numa das instâncias hoteleiras da Cidade de Maputo. Questionado o suspeito sob seu alegado envolvimento, respondeu “não vou prestar declarações, peço que respeite a minha posição”.
O Comando da PRM na Cidade de Maputo diz que o suspeito tem cadastro criminal evidenciado por seu alegado envolvimento em tráfico de espécies faunísticos protegidos por Lei. Leonel Muchina, porta-voz da corporação a nível da Cidade de Maputo conta como feita a neutralização.
“Depois de um trabalho de investigação, chegamos à conclusão de que este individuo transportava consigo espécies ou derivados de espécies proibidas por Lei, referimo-nos aos cornos de rinoceronte. Este trabalho culminou com a sua detenção e recolha destes materiais quando dirigia-se a uma instância hoteleira. Dados indicam que este individuo é reincidente não só nesta prática de crimes, mas também na falsificação de pedras preciosas. E agora foi encontrado a transportar cornos de rinocerontes”.
Os cornos já na posse da Polícia vão ser submetidos a perícia para se aferir o peso e sua autenticidade. A Administração das Áreas de Conservação aponta que “já foram perdidos no conjunto na África do Sul e em Moçambique mais de sete mil rinocerontes desde 2008".
O PAÍS – 30.09.2019