Instituto de Conservação da Natureza e Polícia Judiciária destruíram 1500 quilos de marfim de origem ilegal na cimenteira da SECIL no Outão.
Funcionários da cimenteira preparam os dentes de elefante para serem destruídos
Apreendidos no âmbito de uma operação da Polícia Judiciária (PJ) realizada há cerca de dois anos, 1500 quilos de marfim acabaram por ser destruídos nos fornos da cimenteira do Outão, na Arrábida, esta sexta-feira. O material ilegal, constituído maioritariamente por presas de elefantes africanos e asiáticos, fora detectado pelas autoridades policiais durante uma ação relacionada com tráfico de droga.
Tratando-se de partes de animais incluídos nos anexos da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), a ação de destruição contou com o envolvimento do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que é a autoridade CITES em Portugal.
“O comércio internacional de marfim de elefante está proibido, com isenções estritamente limitadas” de acordo com esta convenção internacional, que no espaço europeu ainda tem regras mais rigorosas, indica o ICNF. Todo o material apreendido no âmbito da CITES tem de ser destruído, como forma de desincentivar o comércio internacional de espécies protegidas e combater a caça furtiva.
Com a colaboração da empresa SECIL, os 1500 quilos de marfim acabaram moídos na pedreira e misturados com pedra e clínquer para fabrico de cimento.
EXPRESSO(Lisboa) – 20.09.2019