O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) disse que o país assistiu a uma “fraude sofisticada” nas eleições no dia 15 de Outubro, ao intervir na abertura de uma reunião da Comissão Política do partido em Maputo, neste sábado, 26.
Daviz “atacou” a Frelimo ao achar que “refugiaram-se em tudo e a todo custo usando as Forças de Defesa e Segurança, os lambe-botas e os ‘yes man’, com rótula de observadores nacionais”, para ganhar as eleições e apontou o dedo a “alguns agentes das Forças de Defesa e Segurança (que) tiveram o privilégio de nos brindar com a violação do princípio de forças republicanas”.
“Nas mesas de votação não faltaram de nos violentar. Foi chancelada a teoria de que o ladrão rouba e a polícia protege. O STAE anuncia que tudo é ordeiro, justo livre e transparente. Hipotecaram o direito de um homem um voto”, acrescentou Simango que considerou os órgãos de gestão eleitoral “os maiores culpados, tornando-se deste modo na fonte de conflitos pós-eleitorais”.
O líder da terceira maior força política de Moçambque desafiou o presidente da Comissão Nacional de Eleições e o director-geral do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral “a explicarem como foi possível em todos os distritos existirem boletins nas mãos de estranhos à gestão eleitoral. Expliquem a nós os moçambicanos, como os nossos camaradas conseguiram perfilar a sua classe de ‘bons pastores da fraude?”.
Daviz Simango rematou que “os resultados anunciados não são o desejo da população, são de nulidade”.
Recorde-se que a Renamo também considerou ter havida fraude generalizada e disse não aceitar os resultados finais que serão anunciados no domingo, 27, pela Comissão Nacional de Eleições.
VOA – 28.10.2019