O Governo responsabiliza a Renamo pelos ataques armados na zona centro do país e diz que a Renamo está a violar o acordo de paz definitiva assinado em Agosto passado. Entretanto o Ministro da Defesa Nacional garante que as populações vão passar a quadra festiva num clima de segurança.
Nos últimos dias a região centro do país tem sido palco de ataques que a Policia atribui a homens armados da Renamo. Os disparos são contra camiões e autocarros de transporte de passageiros. Em consequência disso há perda de vidas, feridos graves e destruição de bens materiais. Esta quinta-feira o Ministro da Defesa veio a público reafirmar que a perturbação a ordem está a ser feita pelo partido Renamo.
“Na zona centro acredito que todos estamos a acompanhar porque não estão a honrar o acordo que foi assinado, praticamente os que estão realizar esses ataques são homens armados da Renamo”.
Em relação aos ataques no norte do país, particularmente na província de Cabo Delgado, Atanásio Mtumuke diz que as forças armadas estão no terreno para garantir a segurança.
“Na parte norte, o teatro operacional norte as actividade das forcas de defesa e segurança continuam no terreno a garantir a segurança as populações, neste momento algumas populações estão fora das suas aldeias e as forcas de segurança continuam a envidar esforços para que todos voltem as suas casas”.
Porque estamos a poucos dias para as festas do Natal e fim de ano, o executivo garante que os moçambicanos irão festejar com segurança, “ as populações vão festejar muito bem as festas e tenho informações segundo as quais todas as pessoas que estavam deslocadas estão a se preparar para voltarem as suas casas”, referiu o Ministro da Defesa Nacional.
O dirigente fez estes pronunciamentos hoje momentos antes de dirigir a o encerramento do IV Turno dos Cursos de Contra-Inteligência Militar, Reconhecimento e Comunicações.
Na ocasião Mtumuke assegurou que a segurança está intrinsecamente ligada à sociedade humana moderna, condição indispensável para o desenvolvimento harmonioso da Pátria Amada. E só com a segurança que os Estados podem se desenvolver e sobreviver no concerto das Nações.
“As ameaças contemporâneas à defesa e segurança do Estado sugerem que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique se adequem a realidade actual e aprimorem os mecanismos de formação do capital humano, isto é, do Homem Militar para o alcance das missões adstritas.
As Forças Armadas de Defesa de Moçambique devem contribuir para uma nova forma de saber fazer, saber ser e saber estar nas áreas de Contra-Inteligência Militar, Reconhecimento e Comunicações, para que não sejam negligentes no tratamento de questões de segurança de Estado”.
Aos Oficiais da Especialidade de Contra-Inteligência Militar e Reconhecimento, Atanásio Mtumuke exortou-os a darem o seu contributo na mitigação dos problemas de segurança que afectam o país e que no cumprimento das suas missões, façam estudos profundos e permanentes de segurança, incluindo inteligência nas suas dimensões táctica e operacional, através de pesquisa científica, “Não queremos homens distraídos”, as “surpresas” no âmbito da segurança interna devem definitivamente saírem do nosso vocabulário. Devem ser capazes de antecipar situações que possam colocar em perigo a paz, e se empenharem na obtenção de informações prévias sobre quaisquer tentativas de infiltração, quer internas quer externas”, finalizou.
O PAÍS – 12.12.2019