Por Major Manuel Bernardo Gondola
Algumas pessoas se perguntam quais foram as consequências do pecado de Adão.
As consequências foram muito tristes; as consequências do pecado original.
Adão e Eva foram colocados no [paraíso] a Igreja ensina em estado de graça de santidade e de justiça original. O que significa isso Estado de graça e santificante? É comunhão plena com Deus; amizade profunda com Deus; uma comunhão profunda com Deus. Deus colocou o homem na sua casa; o [Éden] ali simboliza o paraíso.
E, o homem tinha também a chamada dom da justiça original. O que era essa justiça original? Ele estava em plena comunhão ou em plena harmonia, mais do que comunhão em plena harmonia consigo mesmo, com a natureza, com os animais e com Deus.
Então, não havia um [desequilíbrio] do homem dentro de si mesmo como existe hoje. Problemas de angústia, de depressão, tristeza, [roubo], ganância, velhacaria, luxúria e…,coisas deste tipo. Não! Não havia.
O homem estava em [paz] consigo mesmo porque estava na graça de Deus, a chamada justiça original. O homem estava em harmonia com o universo e Deus disse para Adão: «agora meu filho; você vai ter que trabalhar e ganhar o pão com o suor do seu rosto». A bíblia ensina, que não era para ser assim. A terra agora vai produzir espinhos e abrolhos. Não era para ser assim.
Ou seja, a terra produziria [suavemente] para o homem tudo o que ele precisasse. Não quer dizer que ele não precisaria de trabalhar. Mas…, o trabalho seria algo assim sem suor do rosto, ou seja; sem o cansaço.
Então, o pecado original; desorganizou tudo isso o homem passou a ter um [conflito] consigo, com a natureza, com os animais e com Deus. Ou seja, o homem foi expulso do paraíso. Porque! Porque desobedeceu a Deus. O homem disse não a Deus. Foi preciso, que Jesus Cristo viesse e morresse numa Cruz para nos trazer de volta para Deus, para ser filho de Deus para ser herdeiros do céu, através da Igreja no seu corpo misto pelo baptismo.
Então, o pecado original deixou a natureza humana enfraquecida. Não destruí a natureza humana. Lutero cincou dizendo que…, «o pecado original destruiu completamente a natureza humana, uma vez que o homem não era capaz de não mais pecar». A Igreja disse que não! A natureza foi enfraquecida, nossa inteligência foi diminuída e obscurecida. A nossa vontade [escolha] foi enfraquecida, a nossa liberdade foi tumultuada e…, como consequência o homem passou a usar mal da liberdade que é o pecado. O pecado é o mau uso da liberdade.
A consciência do homem passou a ser uma consciência não plenamente recta, pode ser lastro, escrupulosa. Enfim…, a memória passou a ser prejudicada, o conhecimento das coisas da ciência ficou prejudicado. E São João resume tudo dizendo que «o homem traz dentro dele a chamada concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e a soberba da vida».
Resumindo. O homem traz dentro de si; o pecado. Uma atracção pelo pecado. Ou seja, o egoísmo, narcisismo [o amor-próprio], a soberba, o orgulho, a vaidade, a arrogância, a prepotência, a presunção, o interesse [lucro], ganância, luxúria, impureza, gula, irra, preguiça, o laxismo, o roubo, inveja, e…, enfim…, essa coisa toda que agente chama de pecado. Não! Não havia isso!...
O pecado original trouxe tudo isso para nós. Essas são as consequências do pecado original. Por isso, agora só com a Graça de Deus, com a graça de Jesus Cristo nos conquistou com sua morte, com sua ressurreição é que nós podemos [reverter] esse quadro.
Ou seja, não ser dominado pela força do pecado por isso a importância de viver uma vida em Cristo.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, [23] de Dezembro 20 [19]