O país perdeu 26 elefantes no ano de 2019, menos um em relação aos 27 que morreram no ano anterior, disse à Lusa a Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC).
"A redução é quase que insignificante", classificou Carlos Pereira, diretor do serviço de fiscalização e proteção da ANAC, mas mostra uma redução drástica em relação aos números de há cinco anos, graças, entre outras medidas, à vigilância contra a caça furtiva.
O elefante africano é classificado como um animal vulnerável na lista de espécies da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN), o terceiro de sete níveis de risco, sendo o sétimo a extinção.
Dos 26 elefantes que morreram em 2019, a maior parte (sete) perdeu-se na Reserva do Niassa, Norte do país, com 42 mil quilómetros quadrados.
Dos sete, cinco eram elefantes jovens que caíram em armadilhas destinadas a outros animais, como antílopes. e um foi encontrado morto sem sinal de ter sido abatido, especificou a mesma fonte.
O último caso é o único morto por caçadores furtivos, pois foi encontrado sem as pontas de marfim, acrescentou.
Entre 2010 e 2014, estima-se que Moçambique perdia cerca de 1.200 elefantes anualmente.
No ano de 2015, o número baixou para 127 e no ano de 2018 ficou nos 27.
A apreciação positiva é devida a uma combinação de fatores, entre as quais, a vigilância aérea, patrulha por terra, presença das forças especiais no terreno e o envolvimento das autoridades dos países vizinhos.
No censo de elefantes de 2018, foi calculada para Moçambique uma população total de 9.122 animais.
LUSA – 27.01.2020