Introdução
O objectivo deste ensaio é de tornar inteligível, numa abordagem interdisciplinar, opções e constrangimentos de governos que partilham uma região e são responsáveis pelo bem estar presente e futuro da população que reside nela. O presente caso estuda a tendência de priorizar o desenvolvimento nacional de estados, nesse caso Moçambique e Malawi, sobre o da região em geral e a tentativa, pela parte do Malawi e outros interessados, de retomar com novas tecnologias uma velha maneira de transporte (navegação fluvial), cuja liberdade tinha sido exigida no tratado internacional da delimitação das fronteiras mútuas em 1891.
Este ensaio apresenta uma interpretação de acontecimentos complexos e processos de mudança que afectaram o uso dos rios Chire e Zambeze. Trata-se apenas de um esboço visando a formular hipóteses, interligando observações. Baseamo-nos principalmente em artigos e obras de referência e documentos e dados de textos de consulta na internet. Os artigos e opiniões consultados dão algumas sugestões sobre grupos de interesse, como p.e. empresários de transporte atrás de certas decisões. Faltam provas e o secretismo dos governos e a engajada parcialidade dos orgãos de informação nacionais de Moçambique, como p. e. Noticias em Moçambique em 2010 e de outros no Malawi colocam alguns entraves a um tratamento exhaustivo deste tema. Felizmente os documentos disponibilizados na internet pelos autores de planos e estudos de viabilidade e em revistas especializadas na área de mineração e orgãos independentes ajudam a obter uma visão mais clara sobre planificações. Mas em muitos casos custa sair de percepções que provavelmente distorcem a realidade.
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