Passam dois anos após a morte aos 65 anos de idade do líder da Renamo Afonso Dlhakama. O actual presidente da perdiz Ossufo Momade compromete-se a seguir os ideais do seu antecessor e espera que o Governo reconheça Dhlakama como herói nacional.
A Renamo juntou este domingo seus quadros ao mais alto nível para juntos celebrarem o segundo aniversário da morte de Afonso Dhlakama. Durante a comunicação à nação, o líder da Renamo Ossufo Momade, começou por falar da trajectória política do seu antecessor, tendo em seguida lamentado o facto de Dhlakama ter morrido sem ver seu sonho realizado, que era ver os serviços sociais básicos próximos ao cidadão.
“O sonho de Afonso Dhlakama era ainda maior, queria um Moçambique desenvolvido, com uma economia robusta, uma administração pública despartidarizada e livre da corrupção, bem como governantes resultado de eleições livres, justas e transparentes, ver os serviços básicos, como a educação, saúde, o transporte público, a água potável, energia e outros bens essenciais, mais próximos das nossas populações, razão pela qual, até o seu último suspiro lutou pela descentralização“.
Momade acrescentou ainda que uma das principais lutas do seu antecessor era ver o partido a governar o país, “tristemente, o seu sonho foi apunhalado em 15 de Outubro de 2019, pois, quando aguardávamos festejar pela primeira vez a alegria de ver em Moçambique governadores genuinamente eleitos, os inimigos da democracia, manipularam os resultados eleitorais. Contudo, não vergamos e faremos tudo para em 2024 eleger pela primeira vez, os administradores distritais como sempre sonhou“.
Como foi de honrar a luta de Dhlakama, Ossufo compromete-se a seguir de forma rígida os planos do antigo líder da perdiz, “quando o nosso Ícone tombou, juramos liderar o Partido seguindo e inspirando-nos na letra e no espirito nos seus ideais e seu legado. Por isso, continuamos a negociar com o Governo e esperamos muito brevemente concluir com êxito o processo do DDR. Não nos deixamos abalar pelos nossos adversários que a todo o custo pretendem dividir a nossa família RENAMO”.
O actual presidente do maior partido da oposição entende que mais do que chorar, este é um dia de reflexão sobre o legado de Dhlakama.
“Exaltamos, Afonso Dhlakama no dia 3 de Maio como nosso Herói e esperamos do Estado Moçambicano o seu reconhecimento como tal, porque o seu contributo, o seu nacionalismo e patriotismo elevaram Moçambique para o nível de países que têm a Democracia e o Estado de Direito como apanágio de governação”, concluiu Ossufo Momade
A morte de Afonso Dhlakama foi também celebrada por todas delegações provinciais da Renamo no país segundo deu a conhecer o seu líder.
O PAÍS – 03.05.2020