A chegada a Inhambane um grupo de franceses encontram-se com Germano, que leciona a psicologia social na Universidade de Maputo. Sobre Germano diz se que depois duma educação insuficiente em Moçambique, ele foi formar-se na França onde obteve um doutoramento sobre “a percepção da beleza pela cor da pele.”
Gemano, um homem que fala francês livremente mas com um sotaque africano que se assemelhe ao suta que dos congoleses e pronúncia os nomes de lugares a portuguesa e nao os martiriza como se faria em francês mostra a cidade de Inhambane aos visitantes. Começa por dizer que dantes a estava cheia de vivacidade que desmoronou e que agora as autoridades estão a fazer o que podem para redinamizá-la com um turismo dinâmico.
Ele historia o passado de Inhambane dizendo que tinha sido o centro da comercialização de marfim e de escravos. Diz que quando Vasco da Gama chegou lá, a gente local lhe disse “Belaku Nhambani”, possivelmente significando “bem visto a Inhambane” e da Gama escreveu Inhambane como o nome do lugar.
Falou dos tais 500 anos da colonização portuguesa e que os portugueses mantinham um sistema de segregação a tipo apartheid sul africano, mantendo uma educação, uma oficial e a outra para os indígenas sob a igreja católica. Realça que esta historia não era ensinada no tempo colonial e que somente começou a ser ensinada depois da independência.
Germano e os visitantes entram numa classe onde ele diz aos alunos “vocês falam bem francês” antes de lhes falar da emancipação da mulher em Moçambique, dizendo-lhes que o pais tem uma mulher como primeiro ministro e que 30 por cento de deputados na assembleia da República são mulheres.
Uma rapariga fala da importância da emancipação das mulheres e espera que chegará o dia quando o presidente do pais será uma mulher.
Na Praia do Tofo na cidade de Inhambane não gente visível visto que e inverno e esta frio. La, Germano apresenta a bela Anabela, uma mergulhadora marina, uma actividade não conhecida em Moçambique. Anabela diz que quando ela mergulha tem visto muitas espécies de peixes e doutras criaturas e que o governo tem contribuído para a emancipação da mulher.
Diz-se que o clube de mergulhadores foi fundado por um inglês e era frequentado por sul africanos (entendidamente brancos) que mantinham os nativos a distancia.
A narradora no vídeo diz que Moçambique e um dos países mais pobres do mundo com mais de 3,000 quilómetros de costa marítima, frisando que o ano anterior 1,200,000 turistas visitaram Inhambane e que os sul africanos traziam tudo quanto necessitavam do seu pais, uma situação que nao beneficiava os nativos.
Germano falou da questão da gente local que deve ir trabalhar no lado oposto a Maxixe e que atravessa a baía em barcos precários.
SIDA e um problema muito sério em Inhambane. 13% da população tem o vírus HIV causador da SIDA.
Regressando a questão da travessia do braço marítimo de Maxixe para o outro lado da baía, um capitão de barco precário diz que a sua responsabilidade e de ajudar as pessoas atravessarem em segurança antes de frisar que muitas pessoas morreram e quem num certo caso um fulano, quando atravessando a baía, meteu a sua mão na água e a mão foi mordido por um tubarão. O capitão ganha 1,600 meticais por mês e tem uma família a sustentar.
Um dos franceses pede a Germano para os levar a Maputo. Germano diz que não pode deixar Inhambane sem fazer um certo ritual importante para a sua proteção contra os aspectos da civilização na grande cidade tais como raparigas, a modernidade, o dinheiro e diz aos franceses para o seguir para presenciarem o que ele vai fazer. Ele frisa que não pode tomar as coisas ao de leve e que tem que ser dinâmico, combativo. Na água ele lava a sua cara entes de sair para se acocorar na arreia onde roga aos seus antepassados para o protegerem.
De caminho a Maputo, o grupo para algures pela estrada e ele conversa com um vendedor da castanha de caju e diz aos franceses que a castanha de caju e boa para a saúde antes de enfasear que Moçambique exporta a castanha de caju. Ele compra castanha numa sacola de plástico para s seus amigos franceses.
Em (?Bilene) face ao mar, Germano cita aos franceses um proverbio africano que diz: “se você chega e banha no mar aqui, há-de regressar outra vez ao lugar e se desta vez banha outra vez, você fica de vez no lugar.”
O grupo chega a Maputo onde residem pessoas de mais de 30 tribos onde a língua portuguesa lhes serve de veiculo de comunicação. Mulheres aqui vestem-se duma maneira fora da moda africana. E a modernidade.
A narradora fala da Graça Machel, dizendo que ela se tinha casado com Samora Machel que morreu um acidente de avião e mais tarde que se tinha casado com Nelson Mandela, realçando que ela era o único caso duma mulher que se casara com dois presidentes.
Germano diz que Maputo e a capital politica e económica do pais com 2,000,000 de habitantes. Enfase a que depois da guerra (civil) a situação começou a se normalizar antes da narradora dizer que depois da independência Moçambique tornou-se comunista e que devido a conflitos internos e a guerrilha apoiada pela Rodésia primeiro e depois pelos sul africanos desestabilizou o pais que caiu num caos de horror com 1,000,000 de mortos.
Germano fala do aspecto revolucionário pós-independência e aponta para estradas com nomes de revolucionários tais como Patrice Lumumba, Lenine e outros.
(Aqui Germano e mostrando a explicar a posição geográfica de Moçambique)e a narradora diz que agora, como no tempo revolucionário , aulas terminam com os estudantes cantando o hino nacional.
Depois do hino nacional, Germano focaliza a atenção dos franceses ao papel das mulheres na sociedade moçambicana, a narradora diz que muitas mulheres fazem o esforço para num pais onde a gente se acorda sem saber o que vai comer antes de prestar atenção a vida da Dona Clara cujo marido morrera a oito anos. Dona clara diz que a vida e difícil. Tem cinco crianças, pelo que tem de fazer tudo por tudo para as suas crianças não roubarem, para poderem comer e irem a escola.
Para isto, ela compra peixe aos pescadores, o limpa e frita para vendê-lo no mercado. Não ha transporte para ir ao mercado. Vai a pé com o cesto do peixe na cabeça na companhia das suas colegas. Ela mostra outras mulheres. Mostrando uma delas, a Dona Clara diz, “esta aqui o seu marido nao trabalha; aquela ai não tem marido e aquela acolá esta divorciada. Durante o inverno a Dona Clara consegue 2,000 meticais por mês e durante o verão 3,000 meticais.
Elogiam-se as mulheres costeiras do norte que fazem um melhor negócio de peixe visto que possuem barcos e empregam pessoas e controlam os seus negócios.
Segue depois uma discussão sobre a importância da capulana nas mulheres moçambicanas que e um aspecto muito importante das mulheres visto que nas praias elas querem demonstrar a sua beleza para serem apreciadas e admiradas.
Quanto a SIDA em Maputo, numa discussão com um grupo de mulheres jovens diz-se que ¼ das mulheres em Maputo são portadoras do vírus HIV e que pessoas morrem daquela doença.
As mulheres lamentam-se da atitude dos homens que resistem o uso de preservativos dizendo que homens dizem que “não podem comer a banana com a pele (muitos risos).” Diz-se que infelizmente muitas pessoas não acreditam no perigo da SIDA.
O VIDEO termina com um músico que tem entretido as pessoas na praia. Ele glorifica a beleza das mulheres moçambicanas e diz que mais lindas ainda são as mulheres das regiões costeiras.
NOTA: a rendição compreensiva com excerptos daquilo que se diz em francês não é somente porque o video está em francês, mas penso que gostei da apresentação foi buscar a verdadeira imagem social dos membros da população, o que não aconteceria se os apresentadores tivessem ido a gente ligada ao governo da Frelimo que nos teria dito muitas inverdades.
Francisco Nota Moisés