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Zambezia (1952) from malhanga on Vimeo.
Posted on 21/06/2020 at 18:34 in História, Musica, vídeo, cinema | Permalink | Comments (0)
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Posted on 21/06/2020 at 15:32 in Letras e artes - Cultura e Ciência, Vujonga_cadernos literários | Permalink | Comments (0)
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Por Francisco Nota Moisés
Entre Janeiro e Julho de 1969, com outros estudantes em Dar Es Salaam na Tanzânia estive metido numa luta cerrada contra Eduardo Mondlane e o seu grupo que incluía o vacilante Uria Simango, o inflexível Marcelino dos Santos, o sanguinário Samora Machel, o cruel Joaquim Chissano, o vaidoso e guloso Armando Guebuza e outros do grupo cruel que se tinham transformado em líderes vitalícios da Frelimo.
A coisa que a Frelimo não diz e não admite: Mondlane tinha-se tornado muito impopular depois de sete anos na liderança da Frelimo. Pouca gente gostava dele e o queriam como dirigente da organização. Para além daqueles que constituíam o seu grupelho e uns oportunistas, ninguém precisava dele e o queria como líder da Frelimo.
Estávamos claros que Mondlane não era um nacionalista, que era um agente do inimigo e constituía um grande perigo para nós na medida em que a infiltração portuguesa na Frelimo tinha-se tornado um facto. Os portugueses sabiam tudo sobre a Frelimo e tinham os nossos nomes.
O governo da Tanzânia sabia que Mondlane constituía um perigo para a segurança da própria Tanzânia com as suas ligações com a CIA americana e, por extrapolação, com o regime de Salazar. Aquando das confrontações contínuas com os estudantes que eram uma parte da grande revolta anti-Mondlane na Frelimo de 1968, o governo de Dar Es Salaam estava manifestamente ao lado dos estudantes e dos rebeldes, mas via-se incapaz de agir contra o caudilho da Frelimo por causa da amizade pessoal que o presidente tanzaniano Julius Nyerere nutria por Mondlane.
Quando Mondlane queria neutralizar os estudantes e despachá-los para o seu campo de Nachingwea, era o governo tanzaniano que revertia as suas decisões, ordenando que os estudantes ficassem em Dar Es Salaam. Com o tempo o governo cansou-se das lutas e batalhas entre os estudantes e os líderes da Frelimo. Quando a Frelimo queria nos evacuar para ir nos exterminar algures, o governo tanzaniano decidiu agir e colocou-nos sob prisão preventiva "para nos proteger" segundo ele durante três dias para decidir o que fazer connosco.
E ao fim e ao cabo, decidiram-nos evacuar para o campo de refugiados sob protecção das Nações Unidas em Rutamba, distrito de Lindi, província de Mtwara no sul do seu pais, com a promessa de que o governo queria varrer a sujeira na Frelimo antes de nos retomar para o tal chamado Instituto Moçambicano que ninguém sabia se era uma escola primária ou secundária.
Mas compreendemos depois de algum tempo em Rutamba que governo tanzaniano já não se interessava de nós. Para nós, Rutamba, um lugar rural de atraso na vida, era o fim e que devíamos nos safar dai para não apodrecermos lá. Sabíamos onde queríamos ir: Nairobi. Kenya, para onde tinham seguido outros fugitivos da Frelimo desgastados da liderança do Eduardo Mondlane
Ir aos portugueses, não seria coisa aconselhável principalmente para uma pessoa como eu que tinha sido um cidadão português e havia de ser punido mui severamente sob acusação de ter desertado das minhas responsabilidades de cidadão português e me ter metido com os terroristas da Frelimo na Tanzânia. Que não tivesse sido treinado na Frelimo e não tivesse pegado em arma contra Portugal não importava. A minha punição seria muito severa e poderia não sobreviver.
Como sair de Rutamba sem dinheiro era quase que impossível. E como sobreviver durante a fuga numa Tanzânia stalinisada onde o movimento dos cidadãos era controlado, se não permitido, e que vivia amedrontada duma possível agressão pelos portugueses contra a qual ela não tinha um exército para fazer frente a poderosa força militar portuguesa em Moçambique.
Eu e dois outros cujos nomes que apresentarei na segunda parte deste artigo não serão os seus verdadeiros nomes conseguimos uma ajuda financeira do malogrado padre Pollet, um missionário e antigo ancião de Murraça em Sofala, que na altura era o padre superior duma missão na Tanzânia.
Depois daquilo, fugimos e no caminho durante a noite entre Rutamba e Rufiji ao norte de Lindi fomos perseguidos por milicianos tanzanianas que perderam pista de nós e regressaram à sua aldeia amedrontados depois de concluírem que eramos demónios chamados majini (jinis) na Africa oriental.
Depois disso deparamo-nos com um indivíduo estranho, que diria doutro mundo. Seguidamente estivémos frente a frente com quatro leões que perseguiam uma manada de porcos do mato. Com gritos e papéis acessos nas nossas mãos, intimidamos os leões que fugiram apavorados.
Na manhã seguinte vimo-nos frente a frente com cerca de dez elefantes que não estiveram zangados connosco, mas um jovem macho ficou chateado connosco e tentou nos atacar antes de correr para estar no seu grupo que ia provavelmente beber água algures no local. Detalhes destes episódios proximamente.
Posted on 21/06/2020 at 12:31 in História, Opinião, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Lide-se como se lidar com a questão sanitária, o impacto da pandemia nas economias africanas será devastador, diz o antigo braço-direito de Kofi Annan na ONU. O seu trabalho na economia e na política visa reformar, inverter perceções negativas e levar África a dialogar, finalmente, “de continente para continente”
POR CRISTINA PERES
Deutsche Welle, RFI, AllAfrica.com, Accord.org.za, “El País”, IndiaChinaInstitut.com, “Le Monde”, “The Telegraph”, “Project Syndicate” e muitos outros publicam entrevistas, vídeos, divulgam master classes e op-eds que espelham as opiniões refletidas sobre África de um dos mais vigorosos intervenientes na política, educação e redesenho do continente. Carlos Lopes falou ao Expresso a partir da Cidade do Cabo, onde reside e leciona na Escola de Governação Pública Nelson Mandela da UCT (University of Cape Town) que, a par de Oxford, Sheffield e do MIT, conta cinco cursos online entre os melhores do mundo. Ex-secretário-executivo da Comissão Económica para África das Nações Unidas (UNECA, 2012-16), foi um dos braços-direitos de Kofi Annan, é o atual alto-comissário da União Africana para as relações com a Europa e é conselheiro de um largo número de chefes de Estado e do Governo africanos. Nascido na Guiné-Bissau em 1960, estudou História, especializou-se em Economia e tem ideias para África que vão do inovador ao revolucionário, como a que defende que metade do ensino primário no continente deveria ser dedicado a algoritmos. Visões como esta estão reunidas numa série de livros, o mais recente dos quais tem versão portuguesa, “África em Transformação”. Saiu ao mesmo tempo que a prestigiada Routledge lançava “Structural Change in Africa”, escrito com George Kararach.
O FMI colocava 16 economias africanas entre as 30 em todo o mundo que teriam maior crescimento económico em 2020. O continente é variado, tem uma população muito jovem, e recebe a crise pandémica em diferido. Economias como a do Zimbabwe, já antes delapidadas, vão sofrer...
Nas minhas previsões, o Zimbabwe vai ser a economia com o maior decréscimo em toda a África, provavelmente -20% do PIB. É devastador, mas trata-se de um conjunto de circunstâncias onde a covid-19 só acrescenta. A retoma vai ser extremamente lenta. Se a trajetória do vírus chegar a África na cauda da sua deslocação geográfica, haverá reforço da lentidão. Se em vez de termos o pico da pandemia em junho o tivermos em setembro, como se prevê, vamos sair mais tarde da crise. A lenta está assegurada por razões estruturais: as commodities representam cerca de 60% das exportações africanas dos quais 40% é petróleo. Durante uns seis meses, o mercado do petróleo a nível mundial será mais de oferta do que de procura, é preciso reduzir os stocks para capitalizar as empresas do sector que, infelizmente, nos últimos 20 anos, foi deslocado para as companhias intermediárias de comércio de commodities, que estão na Suíça. Essa fonte de 60% do continente está comprometida até 2021. A segunda fonte de receita são as remessas de imigrantes que, como nós sabemos, vão ter uma redução entre 20% e 30%, segundo o Banco Mundial, dependendo dos países. Será brutal: o montante das remessas para África em 2019 foi de 60 mil milhões dólares, quantia muito superior à da ajuda ao desenvolvimento. As remessas são uma fonte maravilhosa e segura para os bancos centrais africanos porque são regulares e não sujeitas a negociações. Nos últimos dez anos só aumentaram.
Daí que os africanos vejam as migrações de uma forma diferente da dos europeus, como diz.
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Posted on 21/06/2020 at 12:05 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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No Norte da África Subsariana, as atuais práticas esclavagistas lembram as piores atrocidades coloniais
ANA FRANÇA
Pessoas açoitadas para trabalharem mais rápido, mulheres violadas, jovens vendidos a partir de jaulas. São factos deste milénio e acontecem em países como a Líbia, Mauritânia ou Níger. Cerca de 40 milhões de pessoas, segundo a Fundação Walk Free e a Organização Internacional do Trabalho das Nações Unidas, levam vidas de escravos, em quase tudo idênticas às daqueles que viveram no tempo dos homens cujas estátuas são hoje objeto de polémica.
Entre os séculos XVI e XIX, cerca de 13 milhões de pessoas foram vendidas e trabalharam como escravos. Hoje são mais. A escravatura que nos habituámos a ver ilustrada em desenhos de homens negros aferrolhados uns aos outros ou amarrados a um tronco comum, dispostos em esteiras num mercado, não está confinada ao passado em todo o mundo.
A Mauritânia não é o país com mais escravos (essa triste distinção pertence à Índia, com cerca de 18 milhões em trabalho forçado), mas é o país onde uma maior percentagem da população vive amarrada à servidão, que é hereditária. São 15% a 20% de um total de 3,8 milhões de habitantes, segundo a organização SOS Esclaves. No Níger, serão mais de 600 mil, segundo a mais antiga associação antiescravatura do país, a Timidria (“solidariedade” no dialeto dos tuaregues, ancestrais donos de escravos).
A SOS Esclaves ajuda pessoas que fogem dos donos a construir uma vida financeiramente sustentável, acabando com a ligação de dependência que escravos e suas famílias mantêm, muitas vezes, com o “senhor”, ao ponto de pedirem para voltar depois de libertados.
RELATO ARREPIANTE
Esta organização fez chegar ao Expresso o testemunho de uma mulher que quis revelar apenas o seu primeiro nome, Moulkhar. Com 59 anos, uma vez livre tornou-se costureira. “A minha mãe trabalhava na mesma casa onde eu trabalhei, a minha avó materna tinha lá trabalhado. As minhas quatro filhas eram escravas comigo e duas são do filho mais velho do dono das terras, que ameaçava todos os dias decapitar-me se eu contasse a alguém que eram dele”, começa por contar esta mulher, ao telefone, através de uma tradutora. “De manhã à noite tratava do gado, das plantações, bebia apenas leite de cabra.
Posted on 21/06/2020 at 11:54 in Antropologia - Sociologia, História, Opinião, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Extremistas tentam doutrinar povo. Peritos acusam Governo de inércia e desinformação
JOSÉ PEDRO TAVARES
Há 60 anos, a 19 de junho de 1960, as forças portuguesas abriram fogo sobre uma multidão que pedia ao governador de Mueda, na província de Cabo Delgado (norte de Moçambique), melhores condições e justiça. Mataram centenas de pessoas num dos mais brutais episódios da história colonial. Para muitos, este momento esteve na base do movimento que levou à independência. Agora o país vê-se ameaçado por um movimento terrorista: o ramo centro-africano do Daesh, que semeia o caos e o terror nessa mesma região.
Nos últimos anos, Maputo tentou minorar o problema de segurança na província mais pobre do país falando de insurgência “sem rosto nem mensagem”. Jornalistas que relatavam a situação foram perseguidos. Um deles, Ibrahim Abou Baruko, está desaparecido, depois de ter sido detido. Só este ano o Presidente Filipe Nyusi reconheceu “uma ameaça terrorista”, que poderá exigir “ajuda internacional”.
O movimento rebelde apoderou-se de material de guerra em março e abril, ao ocupar por horas vilas importantes da província, como Mocímboa da Praia (30 mil habitantes), Quissanga e Muidumbe. No final de maio, a vila de Macomia, intersecção estratégica a meio da estrada asfaltada que liga o norte ao sul da província, a 200 km da capital, Pemba, foi ocupada três dias pelo autoproclamado Estado Islâmico da Província da África Central (EIPAC). Os jiadistas saquearam um banco e lojas e vandalizaram infraestruturas, incluindo o centro de saúde. Dezenas de habitantes foram decapitados e muitas raparigas raptadas.
O bispo brasileiro de Pemba, D. Luíz Fernando Lisboa, lançou há dias um apelo desesperado: “Precisamos de ajuda e da solidariedade internacional! Metade da província está destroçada […], grupos armados queimam casas, matam pessoas e decepam cabeças.” Segundo ele, os ataques causaram cerca de mil mortos e 200 mil deslocados: 10% da população da província. “Milhares de pessoas continuam escondidas no mato, com medo de voltar para as suas aldeias, aterrorizados com a violência.”
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Posted on 21/06/2020 at 11:46 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, História, Opinião | Permalink | Comments (0)
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A Federação Suíça deu a conhecer ao Secretário-Geral das Nações Unidas, o português António Guterres, que não apoia as investidas do Embaixador Mirko Manzoni, que se encontra inclusive afastado de tarefas diplomáticas daquele país europeu.
A Suíça fez saber que Manzoni age em nome e conta próprios e para interesses inconfessos de um grupo suspeito de ligações a uma máfia mundial liderada por alguns italianos e norte-americanos ligados ao negócio de gás e petróleo.
A missão dessa máfia é transformar Moçambique num Estado falhado e desgovernado. Embora para os suíços para tal basta o facto de Moçambique ter Filipe Nyusi como presidente.
Na missiva dos helvéticos, dirigida a Guterres, os europeus denunciam o uso da cabala das dívidas ocultas e o esquema de pagar tribunais internacionais para julgarem e condenar figuras envolvidas no negócio. Recordaram que a tentativa de julgar Boustani no Estados Unidos fazia parte do plano e como não teve os resultados desejados, Mazoni tenta usar os tribunais suíços para condenar pessoas, o que não irá acontecer.
A Suíça surge como alternativa depois de terem falhado esse objectivo na Inglaterra.
Em segredo (off the record), os suíços explicaram que Manzoni tem estado engajado no plano principal da máfia que é de fazer de Celso Correia o próximo e primeiro presidente mulato de Moçambique.
O plano do diplomata suíço inclui também a guerra de Cabo Delgado.
A missiva termina com o alerta de Mirko Manzoni e Celso Correia terem pago mais de 2 milhões de dólares a um grupo de mercenários para assassinarem o líder da auto proclamado junta militar da Renamo, Mariano Nhongo, por este estar a inviabilizar o projecto de paz desenhado pelo suíço que esperava por isso receber o prémio Nobel da paz.
Posted on 21/06/2020 at 11:29 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/06/2020 at 23:51 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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D. Luís Fernando Lisboa, Bispo de Pemba, explicou este sábado o clima de guerra que se vive em Moçambique desde a morte do clérigo Abud Rogo Mohammed. O Bispo alerta para uma situação difícil preenchida por muito medo e insegurança.
Posted on 20/06/2020 at 23:25 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião, Política - Partidos, Religião - Igrejas | Permalink | Comments (0)
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Introduction
For almost three years, the ISIS-affiliated extremist group Ansar al-Sunna has spearheaded an insurgency in Mozambique’s northern province of Cabo Delgado. In recent months the situation in Cabo Delgado has deteriorated significantly and violent attacks are now frequent. Militants have begun to target military positions having previously focused on civilian targets. It is a sign that the group is growing in resilience, operational capacity and confidence. From its first few attacks in Mocimboa de Praia in late 2017, the group now launches more than 20 attacks every month in an insurgency that covers nine major towns and districts along the Cabo Delgado coast. A battle for the town of Macomia at the end of May demonstrates the group’s organisational capacity and ambition as well as an escalation in the government’s counter-offensive efforts. On 30 May 2020, government forces engaged Ansar al-Sunna militants in one of the largest counter-terrorism operations to date, resulting in the reported deaths of 78 insurgents, including two of the group’s leaders. The extent to which this will impact Ansar al-Sunna’s operations and long-term ambitions remains to be understood.
Leia aqui Download Tony Blair Institute The Mozambique Conflict and Deterioriating Security Situation
Posted on 20/06/2020 at 22:45 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Por Francisco Nota Moisés
"A Renamo, através de uma conferência de imprensa, que decorreu nesta quinta-feira, na cidade da Beira, orientada pelo Secretário-geral desta formação política, André Magibire, denunciou alegadas perseguições dos seus membros e antigos guerrilheiros, nos distritos de Gorongosa, Dondo, Búzi e Chibabava, província de Sofala, num momento em que esta em curso o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração, das forças residuais da perdiz, no âmbito do processo de pacificação do país."
Esta é a terceira vez, se bem me lembro, que a Renamo dos Traidores liberados pelo traidor-mor Ossufo Momade, se lamentam que o amigo deles Felipe Nyusi e os seus esquadrões da morte perseguem, prendem, torturam e matam os seus sequazes. Primeiro, foi o tal porta-voz momadeista Jose Manteigas a denunciar a Frelimo, depois foi o próprio Momade e agora e o tal secretário geral André Magibire. O que é que eles pensaram que os terroristas da Frelimo iam fazer quando o gorducho-barrigudo Momade assinou aquele acordo, dito de paz, com o gorducho Nyusi da Frelimo faria? Acarinhá-los?
Não é a tradição da Frelimo acarinhar quem não gosta dela. A Frelimo é um bando de terroristas e alguns de nos já nos cansamos de dize-lo no Mocambique para todos para as pessoas ouvirem. Eu conheci estes terroristas em 1967 e 1968 e mantenho-me à distância deles visto que eles matam, liquidam e aniquilam, para usar as suas próprias palavras.
Porque é que quando Ossufo Momade assinou o acordo redigido pela Frelimo que dizia que a Renamo deve evitar atacar as populações, ele não insistiu que houvesse uma frase semelhante quanto a Frelimo para a organização terrorista não fazer o mesmo? Isto aconteceu visto que o acordo de traição foi redigido pela Frelimo e entregue a Momade para o assinar a troco de privilégios somente para ele.
E porque é que Momade não insistiu que houvesse uma cláusula a dizer que os terroristas da Frelimo não deviam matar os da chamada oposição e outros que não aturam a Frelimo?
No entanto, foram estes três traidores que muitas vezes insultaram o general Mariano Nhongo, apelidando-o de desertor e incitaram a Frelimo para caçar e matá-lo. Foi o tal traidor-mor Momade que disse à Frelimo que devia matar "o jacaré antes que cresça" em referência a Nhongo. Será que estes traidores se esqueceram da sua malicia contra o Nhongo?
Nhongo já denunciou muitas vezes os raptos dos seus seguidores e estes três traidores não se pronunciaram contra os raptos denunciados por Nongo. Porquê?
Quando Nhongo e Andre Matade Matsangaissa Jr. denunciaram o rapto da família do último e disseram que um chefe da polícia nyusista lhe exigia a rasão de 1 milhão de dólares americanos, estes três vadios não se pronunciaram.
Não duvidaria se se riram e alegraram visto que as pessoas em causa eram ligadas a membros da Junta Militar. E agora porque é que grunhem em vez deles apelar ao chefe deles Nyusi para não perseguir os seus homens?
Posted on 20/06/2020 at 20:09 in Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A União Europeia (UE) e os Estados Unidos anunciaram ontem que vão disponibilizar um total de 667 milhões de dólares, nos próximos três anos, para mitigar os efeitos da pandemia da COVID-19 no país.
Trata-se de um valor total referente a "diversas iniciativas em curso e planeadas, visando apoiar o país a fazer face à COVID-19", lê-se num comunicado conjunto distribuído ontem à imprensa.
Em finais de março, num encontro com parceiros internacionais, Moçambique anunciou que precisava de 700 milhões de dólares para cobrir o buraco orçamental face à COVID-19, um montante que vai servir também para a construção de hospitais, tendo em conta que há distritos sem este tipo de estrutura no país.
Metade do valor total, 309 milhões de dólares, foi disponibilizado pelo Fundo Monetário Internacional e, segundo o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, vários outros parceiros manifestaram a intenção de apoiar o país, com destaque para o Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento e a União Europeia.
O comunicado emitido ontem pelos parceiros internacionais não esclarece se os 667 milhões de dólares surgem no âmbito do pedido do Governo moçambicano.
O anúncio foi feito no final do 2.º Fórum de Cooperação e Desenvolvimento, que reuniu os parceiros e o Governo moçambicano para discutir questões relacionadas com a crise da pandemia da COVID-19.
"Foram abordadas as questões macroeconómicas, a proteção social e as medidas de mitigação a adotar, assim como o apoio dos parceiros para fazer face à crise", lê-se no documento.
Posted on 20/06/2020 at 17:00 in Cooperação - ONGs, Europa - União Europeia, Saúde | Permalink | Comments (0)
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O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, disse ontem que Portugal está disponível para a construção de uma solução internacional que permita a Moçambique lidar melhor com os ataques terroristas no norte do país.
"Temos disponibilidade para participar na construção de uma solução de apoio internacional a Moçambique para defesa da integridade territorial, soberania e defesa das populações, por ordem crescente de importância", respondeu Santos Silva à Lusa, quando questionado sobre como pode Portugal ajudar Moçambique a lidar com os ataques de que o país tem sido alvo, principalmente no norte.
Falando à margem da apresentação do Plano de Ação na resposta sanitária à pandemia de COVID-19 entre Portugal e os PALOP e Timor-Leste, o governante disse que Portugal está "disponível para a cooperação", lembrando a cooperação "em defesa, muito sólida e produtiva, focada na assessoria técnica e na formação" que “tem permitido robustecer a capacidade do Estado moçambicano".
Na resposta, Santos Silva deixou ainda um "agradecimento sincero e sentido" pela ajuda das autoridades moçambicanas na proteção dos portugueses que residem ou trabalham na província de Cabo Delgado.
"Portugal manifesta total solidariedade com o povo de Cabo Delgado, sujeito a ataques muitas vezes bárbaros conduzidos por grupos que não conhecem nenhuma espécie de regra, e que tem sido sujeito a ataques conduzidos por redes e organizações de natureza terrorista", afirmou o ministro português.
Augusto Santos Silva acrescentou que há muitos portugueses no norte de Moçambique.
“Agradecemos os esforços adicionais que pedimos ao consulado da Beira para identificar, um a um, e já identificou 200 pessoas, e portanto nós agradecemos ao Estado moçambicano e às forças de segurança e defesa, que com a sua ação protegem os nossos compatriotas e os nossos interesses", salientou.
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Posted on 20/06/2020 at 16:48 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Mwadjahane a terra natal de Eduardo Mondlane foi palco hoje de uma cerimónia de Estado dirigida pelo Presidente da República para marcar a passagem do 100º aniversário natalício do fundador da Frelimo. Devido às restrições impostas pelo Estado de Emergência a cerimónia foi concebida para família, alguns membros do Governo e direcção do partido Frelimo.
Na ocasião, o Chefe de Estado lembrou o percurso de Mondlane e descreveu-o como um grande patriota que soube sacrificar seus interesses pessoais a favor dos interesses do povo moçambicano. Recordou a sua expulsão da África do Sul pelo regime do Apartheid e a perseguição pela PIDE em Portugal que mais do enfraquecê-lo aumentaram a sua determinação em cumprir o mandamento da sua mãe que antes da sua morte, que aconteceu quando ele tinha 13 anos, de que tinha que estudar muito para dominar o feitiço do homem branco.
Filipe Nyusi chamou ainda a capacidade de diálogo de Mondlane que através da sua capacidade argumentativa conseguiu unir os três movimentos nacionalistas existentes até então para formar a Frelimo, destacando que só unidos os moçambicanos teriam capacidade para enfrentar o colonialismo e desenvolver o país.
Por outro lado, Nyusi recordou o trecho de uma carta que Mondlane escreveu para a sua esposa, em que dizia que se ele fosse esquecido passados 10 anos após a sua morte, então a sua luta não terá valido a pena, para dizer que 51 anos depois o país e até acadêmicos nacionais e estrangeiros continuam a estudar e a interpretar os seus pensamentos.
Para Nyusi, Eduardo Mondlane estaria hoje feliz ao olhar para Moçambique porque o seu sonho foi cumprido, o país está independente, há milhares de moçambicanos que estão formados e a educação, a saúde e outros serviços essenciais são de acesso universal, não obstante prevalecer o desafio contínuo de melhorar as condições de vida da maioria da população em Moçambique.
O PAÍS – 20.06.2020
Em tempo: Leia aqui LUTAR POR MOÇAMBIQUE de Eduardo Mondlane
Posted on 20/06/2020 at 12:14 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/06/2020 at 11:53 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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A Amnistia Internacional (AI) acusou as autoridades moçambicanas de manterem em prisão e em condições desumanas, há 18 meses, 16 refugiados e requerentes de asilo, assinalando que essa situação configura uma "violação dos direitos humanos".
A posição da organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos surge num comunicado divulgado hoje, quando se assinala o Dia Mundial do Refugiado.
“As autoridades moçambicanas mantêm na prisão 16 refugiados e requerentes de asilo africanos, em condições desumanas, há 18 meses, sem que estes tenham cometido qualquer crime”, refere o comunicado da AI.
Segundo a ONG, o grupo foi detido arbitrariamente no dia 17 de janeiro de 2019 e é constituído por 15 congoleses e um etíope.
Os 16 refugiados foram algemados e alegadamente espancados por polícias e agentes de imigração, no campo de refugiados de Maratane, província de Nampula, norte de Moçambique, adianta o comunicado.
Dois dias depois da detenção, os 16 homens foram transferidos para uma esquadra da polícia em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, norte do país.
As autoridades moçambicanas tentaram deportar sete refugiados para a RDCongo, no dia 23 de janeiro do ano passado, mas foram devolvidos no Aeroporto Internacional de Kinshasa pelas autoridades migratórias congolesas.
Em Moçambique, os refugiados estão detidos em condições desumanas, em celas sem casa de banho e sem acesso a água potável, vendo-se obrigados a beber água insalubre, acusa a AI.
Estão também privados de comida suficiente, não têm mantas e dormem em cima de papéis.
“A maior tragédia sobre a contínua detenção arbitrária destes refugiados é que, 18 meses após a sua detenção, continuam sem saber porque foram detidos”, afirma o diretor-adjunto da AI para a África Austral, Muleya Mwananyanda, citado no comunicado.
Mwananyanda considerou “abominável” o tratamento infligido aos 16 refugiados, exortando as autoridades moçambicanas a resolver a situação de acordo com a lei.
A organização sublinha que a detenção arbitrária e prolongada é uma violação dos direitos humanos e expõe as vítimas à ameaça da covid-19.
A AI refere que as autoridades não estão a implementar nenhuma medida de prevenção de covid-19 nas celas em que os 16 refugiados se encontram detidos.
“O Governo moçambicano deve imediata e incondicionalmente pôr fim à detenção arbitrária destes refugiados e libertá-los sem mais demora ou deduzir acusação dentro de padrões internacionalmente reconhecidos, se tiverem cometido algum crime”, lê-se na nota de imprensa.
LUSA – 20.06.2020
Posted on 20/06/2020 at 11:43 in Emigração - Imigração - Refugiados, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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Entrevista com o enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas para o diálogo político em Moçambique, Mirko Manzoni. Não editado pela STV-SOICO
Posted on 19/06/2020 at 23:16 in Defesa - Forças Armadas, Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Posted on 19/06/2020 at 21:20 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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O enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas para o diálogo político em Moçambique, Mirko Manzoni, disse hoje que o chefe da autoproclamada Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, é inflexível e que todas as aproximações com vista a um entendimento fracassaram.
Manzoni revela que o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade, tentaram abordar o general dissidente, mas este nunca facilitou as conversações. “Não é verdade que o presidente Ossufo Momade não quis falar com Mariano Nhongo. Todos falaram com o senhor Nhongo e agora o problema está do lado dele”, disse o diplomata.
Mirko Manzoni fala regularmente, há mais de um ano, com Mariano Nhongo, sendo que as reivindicações do militar são idênticas com as dos restantes guerrilheiros da Renamo. Para o embaixador sueco, isto significa que o problema de Mariano Nhongo é político, sem enquadramento no processo de Desmobilização, Desmilitarização e Reintegração (DDR).
O PAÍS – 19.06.2020
Posted on 19/06/2020 at 19:13 in Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A 20 quilómetros da vila de Macomia
Uma pessoa foi morta e algumas palhotas foram queimadas, na aldeia Koko, menos de 20 quilómetros da vila de Macomia, em consequência de mais uma incursão atribuída a grupos insurgentes, segundo deram a conhecer fontes daquele distrito do norte da província de Cabo Delgado.
De acordo com os residentes da aldeia, a incursão, que teve lugar na noite desta terça-feira, é a terceira naquela aldeia Koko. A vítima, soubemos, estava supostamente sob efeito de álcool quando os atacantes chegaram à aldeia. O estado ébrio terá impossibilitado a vítima a fugir, quando as primeiras indicações da aproximação dos insurgentes foram dadas, diferentemente do que os poucos residentes que ainda resistem na zona fizeram.
MEDIA FAX - 19.06.2020
Posted on 19/06/2020 at 18:06 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou hoje o desmantelamento de uma "base de fornecimento logístico" dos grupos armados que têm protagonizado ataques na província de Cabo Delgado, no norte do país.
Durante a operação, as Forças de Defesa e Segurança neutralizaram um número não divulgado de insurgentes e apreenderam vários bens usados durante as suas incursões, disse hoje à Lusa fonte da corporação naquela província do norte de Moçambique, sem avançar mais detalhes.
Em declarações ao jornal Notícias, o diretor de Operações do Comando Geral da PRM, Victor Novela, disse que a operação ocorreu esta semana e, além das neutralizações, foram apreendidas mais de 50 catanas, armas de fogo (em número não especificado), fardamentos e motorizadas.
"Foi também apreendida uma cama militar que, pelas características, pertence ao exército de um país da região dos Grandes Lagos. Uma das motorizadas apreendidas tinha uma chapa de matrícula da Tanzânia [país que faz fronteira a norte com Moçambique]", acrescentou Victor Novela.
O diretor de Operações do Comando Geral da PRM avançou ainda que está em curso uma investigação para aferir, com as autoridades tanzanianas, a legalidade do registo da matrícula para, posteriormente, "descobrir a ligação com o grupo".
Fonte de uma organização humanitária com representações em vários distritos de Cabo Delgado, consultada hoje pela Lusa, descreve que a segurança no Norte daquela província parece ter sido reforçada.
"Nós que estamos aqui sentimos que, de facto, está a fazer-se um trabalho muito forte. Há uma ofensiva muito forte da polícia. [os insurgentes] estão a ser perseguidos", observou.
Cabo Delgado, província onde avança o maior investimento privado de África para exploração de gás natural, está sob ataque desde outubro de 2017 por insurgentes, classificados desde o início do ano pelas autoridades moçambicanas e internacionais como uma ameaça terrorista.
Em dois anos e meio de conflito naquela província do Norte de Moçambique, estima-se que já tenham morrido, pelo menos, 600 pessoas e que cerca de 200 mil já tenham sido afetadas, sendo obrigadas a procurar refúgio em lugares mais seguros.
LUSA – 19.06.2020
Posted on 19/06/2020 at 16:49 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 19/06/2020 at 13:02 in Letras e artes - Cultura e Ciência, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Veja nos dois videos abaixo a verdade do que se passou e compare-os com o publicado pela STV e consta na história oficial da Frelimo.
- https://www.youtube.com/watch?v=BlFue6863ns
- https://www.youtube.com/watch?v=0IVB6H9y1XU&feature=youtu.be
e da STV
https://www.youtube.com/watch?v=t-BknhFz0ME
Onde estão os "HISTORIADORES" moçambicanos?
Em tempo: Como seria possível que, em 4 minutos, fossem abatidas 600 pessoas(?) pela tropa portuguesa quando esta era de apenas 30 homens, com armas de tiro a tiro, e compostas na sua maioria por naturais africanos, quer cipais, quer militares? Cabia a cada um, em média, 20 mortos. Matematicamente impossível. Até quando esta mentira da Frelimo e dos seus historiadores?
Posted on 19/06/2020 at 12:36 in História, Massacre Mueda - 16.06.1960 | Permalink | Comments (0)
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Os ataques de grupos insurgentes no norte de Moçambique devem ser enfrentados a curto prazo por uma força militar regional para evitar que a situação fique fora de controlo, defende um relatório do Instituto Tony Blair hoje publicado.
O estudo do Instituto para a Transformação Global, fundado pelo antigo primeiro-ministro britânico, alerta para a urgência de uma intervenção perante a deterioração da situação na província de Cabo Delgado, que atribui ao grupo terrorista Ansar al-Sunna, afiliado aos extremistas islâmicos do autoproclamado Estado Islâmico.
"Desde os primeiros ataques em Mocimboa de Praia, no final de 2017, o grupo lança agora mais de 20 ataques por mês numa insurgência que abrange nove grandes cidades e municípios ao longo da costa de Cabo Delgado. Uma batalha pela cidade de Macomia, no final de maio, demonstrou a capacidade e ambição organizacional do grupo, além de uma escalada nos esforços contra-ofensivos do Governo”, refere o estudo.
A vila de Macomia, a 200 quilómetros da capital provincial (Pemba), foi ocupada durante três dias seguidos por grupos armados, que saquearam vários estabelecimentos comerciais e vandalizaram várias infraestruturas, incluindo o centro de saúde local.
No total, os ataques dos insurgentes em Cabo Delgado, província moçambicana onde avança o maior investimento privado de África para exploração de gás natural, já causaram pelo menos 600 mortos.
No documento são feitas várias recomendações a curto e longo prazo, com destaque para a necessidade de uma maior coordenação regional e internacional para combater esta ameaça, incluindo a mobilização de uma força militar com soldados africanos.
"Se um grupo usa armas, algumas das quais sofisticadas, e mata civis indiscriminadamente, não podemos dizer que meios militares não devem ser usados. A prioridade deve ser a mobilização de militares com recursos suficientes em termos de comunicação, informação e armas para conter a violência e impedir que o grupo mate civis inocentes e conquiste mais território”, afirmou à agência Lusa Bulama Bukarti, um dos autores do relatório.
Bukarti e o outro autor, Sandun Munasignhe, analisaram a evolução da atividade do grupo Ansar al-Sunna em Cabo Delgado, desde as raízes como um movimento religioso não violento até à conquista de território através de raptos, saques e assassinatos em massa.
A análise que os investigadores fazem é que esta é uma situação que tem paralelos com as atividades dos grupos Boko Haram na bacia do Lago Chade, o Jama'a Nusrat al-Islam wa al-Muslimin (JNIM) e o Estado Islâmico no Grande Saara (ISGS) no Sahel e o Al-Shabab na Somália.
"Esta é uma situação que pode potencialmente escalar para o que assistimos atualmente no este da Nigéria ou no Sahel se não for feito algo decisivo nos próximos 18 meses. Pensamos que está na altura de a comunidade internacional e parceiros regionais apoiarem o Governo de Moçambique na luta contra este grupo antes de a situação ficar fora de controlo”, disse Bukarti à Lusa.
Outras recomendações a curto prazo incluem apoio humanitário para os cerca de 200 mil deslocados.
Nas recomendações a longo prazo, os autores sugerem medidas para tentar combater as “narrativas ideológicas” dos extremistas islâmicos, que exploram questões como o desemprego, desigualdade, problemas sociopolíticos ou mesmo geográficos.
Em paralelo, dizem, o Governo moçambicano precisa de, com assistência internacional, enfrentar os fatores socioeconómicos das comunidades de Cabo Delgado através de intervenções para promover o desenvolvimento, educação e emprego.
LUSA – 19.06.2020
Posted on 19/06/2020 at 11:18 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 19/06/2020 at 11:07 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Ataque que teve lugar no domingo
Depois de uma situação descrita como confusa ter tido lugar, na noite de domingo, na aldeia Malinde, no distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, residentes daquela zona conseguiram, na manhã do dia seguinte, segunda-feira, localizar três corpos sem vida. Mas a dúvida no seio dos residentes continua a residir na necessidade de compreender, com alguma exactidão, o que teria efectivamente acontecido, tendo em conta a presença significativa de elementos das Forças de Defesa e Segurança (FDS) na zona, assim como acontece em muitas aldeias próximas à vila sede de Mocímboa da Praia.
O que os habitantes conseguem, com alguma certeza, narrar é que homens trajados a uniforme das Forças Armadas de Defesa de Moçambique foram vistos na zona, naquela noite. Nisto, uns dizem que a acção terá sido protagonizada por elementos das FDS, mas outros defendem que terão mesmo sido insurgentes que, em muitos casos, aparecem trajados a exército moçambicano.
Estes acreditam que o grupo estava em fuga por conta das intensas operações de perseguição que estão a ser movidas pelas autoridades moçambicanas.
“Naquela zona, até lá em Makulo, está cheio de forças do Governo, que estão a perseguir os malfeitores” contou um residente do bairro 30 de Junho, na vila de Mocímboa da Praia.
Além da morte de três pessoas, a ocorrência da noite deste domingo, em Maline, resultou no incendiamento de algumas casas e barracas do pequeno comércio local. (Redacção)
MEDIA FAX – 18.06.2020
Posted on 19/06/2020 at 10:26 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
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Ataques terroristas em Cabo Delgado
Numa altura em que a deterioração das condições de segurança resvala para um cenário dramático do ponto de vista humanitário, a Conferência Episcopal de Moçambique (CEM), órgão que congrega bispos da igreja católica no País, emitiu uma nota escrita censurando, duramente, a postura do Estado perante a actualidade que marca a província de Cabo Delgado, norte do País.
Os bispos da igreja não hesitaram em dizer, na sua nota, que o Estado tem estado a provar, desde que os ataques terroristas eclodiram em Cabo Delgado, não estar à altura de parar com o sofrimento a que as populações inocentes estão a ser sujeitas.
Mais ainda, apesar da narrativa governamental que tenta apontar unicamente a lógica da “mão externa” na busca de razões para os ataques terroristas em Cabo Delgado, os bispos católicos falam de “raízes” do problema profundas” relacionadas com o que consideram “esquecimento” a que as populações foram obrigatoriamente sujeitas ao longo do tempo. “Nós perguntamos, porquê tanto sofrimento? Nós não encontramos resposta, apesar de reconhecer que a causa de tanto sofrimento tem raízes profundas no tempo em que a população foi esquecida” – referem os bispos, na nota da Conferência Episcopal.
No documento assinado por Dom Lúcio Andrade Muandula, bispo de Xai-Xai, na falta de soluções do Estado e do Governo, os bispos agradecem o esforço e solidariedade que têm estado a ser demonstrados por cidadãos comuns no apoio aos refugiados.
Ao mesmo tempo assumem o compromisso de continuar a buscar apoios localmente e internacionalmente para assegurar apoio às populações que, neste momento, não tem o mínimo para a sobrevivência.
MEDIA FAX – 18.06.2020
Posted on 19/06/2020 at 10:18 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos, Religião - Igrejas | Permalink | Comments (0)
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Posted on 18/06/2020 at 23:30 in Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Posted on 18/06/2020 at 22:13 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Posted on 18/06/2020 at 21:37 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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O financiamento da participação do Estado no consórcio da Área 1 de exploração de gás natural do país "está assegurado", disse hoje o presidente do Instituto Nacional do Petróleo (INP), Carlos Zacarias.
"Cada investidor tem de ter um capital mínimo para entrar no projeto" e no caso da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), os parceiros aceitaram uma garantia do Estado moçambicano no valor de 2,25 mil milhões de dólares (2 mil milhões de euros), válida por cinco anos.
Depois dessa parcela, há 15 mil milhões de dólares (13,3 mil milhões de euros) de financiamento bancário, recentemente aprovado e em que há "uma componente" que cabe à ENH, que, tal como os restantes participantes no consórcio, assume a dívida.
De momento, "trabalha-se no afinamento da estrutura de financiamento" que "já está assegurado para todos" os participantes do consórcio, "de uma forma global", referiu hoje Carlos Zacarias.
Aquele responsável falava aos jornalistas em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, onde as autoridades governamentais iniciaram hoje um encontro de dois dias com o consórcio da Área 1 de exploração de gás natural em Moçambique, liderado pela Total.
Apesar de ter havido um surto de COVID-19 no recinto de construção do complexo industrial, na Península de Afungi, a situação foi dada como resolvida no início deste mês e a área será palco de uma visita do ministro dos Recursos Minerais e Energia nesta sexta-feira.
Nem a pandemia, nem os ataques armados na região em redor do investimento comprometeram a meta: a Total mantém o ano de 2024 como prazo previsto para iniciar a produção naquele que é o maior projeto de investimento em curso em África.
A partir de perfurações no fundo do mar, o gás vai ser canalizado para um complexo industrial em construção na península de Afungi.
O empreendimento vai ter duas linhas de liquefação de gás com capacidade total de produção de 12,88 milhões de toneladas por ano (medição para a qual se usa a sigla mtpa) ligadas a um cais para 16 navios cargueiros especiais poderem ser atestados com LNG (sigla inglesa para gás natural liquefeito).
O consórcio tem contratos de venda fechados sobretudo para mercados asiáticos (China, Japão, Índia, Tailândia e Indonésia), mas também europeus, através da Eletricidade de França, Shell e a britânica Cêntrica.
Ao lado das obras da fábrica já está operacional uma pista de aviação e nascem outras infraestruturas, como novas aldeias de reassentamento das populações que viviam no espaço ocupado agora pelo recinto do complexo industrial.
Continue reading "Financiamento do Governo em consórcio de exploração de gás está "assegurado"" »
Posted on 18/06/2020 at 19:58 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Gás - Petróleo - Biodiesel | Permalink | Comments (0)
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A Renamo, através de uma conferência de imprensa, que decorreu nesta quinta-feira, na cidade da Beira, orientada pelo Secretário-geral desta formação política, André Magibire, denunciou alegadas perseguições dos seus membros e antigos guerrilheiros, nos distritos de Gorongosa, Dondo, Búzi e Chibabava, província de Sofala, num momento em que esta em curso o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração, das forças residuais da perdiz, no âmbito do processo de pacificação do país.
André Magibire que não avançou o número exacto dos membros do seu partido e antigos guerrilheiros, que teriam sido alegadamente molestados, sequestrados e assassinados supostamente por elementos das Forças de Defesa e Segurança, adiantou que "o clima de insegurança que os quadros da Renamo vivem em Sofala é bastante preocupante.
“Desloquei-me aos distritos de Nhamatanda e Gorongosa e os nossos membros não hesitaram em afirmar que elementos que se identificam como sendo das Forças de Defesa e Segurança, raptam, maltratam e até assassinam os apoiantes da Renamo. Por conta desta situação, alguns dos nossos membros, a procura de segurança foram se entregar a Frelimo”, declarou André Magibire.
Magibire lamentou a situação e lembrou que no passado dia 4 de Junho foi retomado o processo de DDR, facto que para ele entra em contraste "com a actuação das Forças de Defesa e Segurança.
Muitos dos nossos combatentes que estão a beneficiar do DDR são residentes nas zonas onde os nossos quadros estão a ser perseguidos. Pedidos encarecidamente que sejam observadas as leis. Qua não haja perseguição de ninguém, porque se há perseguição dos militares, ou seja dos nossos desmobilizados, nós na qualidade de dirigentes não sabemos que tipo de reacções teremos por parte deles. Apelamos que as Forcas de Defesa e Segurança trabalhem com isenção e transparência”.
Entretanto Magibire indicou na mesma conferência de imprensa que no passado dia 15 deste mês, teria orientado o delegado Político provincial do seu partido a manter encontros em separado com os dirigentes da província de Sofala e o comandante provincial da Policia da Republica de Moçambique, no sentido de solucionar o problema. Magibire não avançou os resultados destes encontros.
O PAÍS – 18.06.2020
Posted on 18/06/2020 at 18:44 in Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O artigo tem como objectivo principal compreender as reais origens do terrorismo no Cinturão de Mocímboa da Praia. Os ataques começaram no dia 5 de Outubro de 2017, e desde então o movimento não para de desencadear ataques armados, ou militares contra as posições das Forças Armadas de Defesa e Segurança (FADS), e também ataques contra alvos civis. Na verdade o terror no Cinturão de Mocímboa da Praia não é de hoje, pois há vestígios de terror desde o período de penetração mercantil, até no período pós-independência. Entretanto, o ingrediente comum que impulsionara o terror em todos estes períodos, tem a ver com o capitalismo económico global, e não necessariamente a religião, aliás a religião apenas desde muito foi usado como instrumento dos mercantilistas, e capitalista árabes, portugueses, e hoje na época de pluralismo económico e político global.
Posted on 18/06/2020 at 18:19 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Letras e artes - Cultura e Ciência, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Acabei de receber
Assunto: | O CABO DO MEDO de Nuno Rogeiro [PARES-#.FID535257] |
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Data: | Thu, 18 Jun 2020 15:05:48 +0000 |
De: | Sílvia S. Cristóvão <[email protected]> |
Para: | [email protected] <[email protected]> |
Exmo Senhor Fernando Silva,
Venho em nome e representação da N. Constituinte Publicações Dom Quixote, informar V. Exa. que a N. Constituinte é a única titular dos direitos de edição, distribuição e comercialização da obra O Cabo do Medo, do autor Nuno Rogeiro.
A divulgação ilegítima que tem vindo a fazer por correio eletrónico da obra constitui crime de usurpação, nos termos e para os efeitos do art. 195º do CDADC.
Pelo que, vos interpelamos para que cesse de imediato a referida divulgação, bem como advirta todos a quem enviou a obra que se abstenham de a divulgar a terceiros. Enviando-nos comprovativos de que o fez.
Gostaríamos ainda de o questionar quanto ao modo como obteve a referida obra, uma vez que a mesma não foi ainda editada e versão que apresenta não é a versão final.
Na falta da sua colaboração, que é essencial para determinar o seu grau de culpa , ser-lhe-á ainda a imputado o crime de furto.
Certos que este assunto merecerá a V/ melhor atenção, aguardamos a sua resposta e colaboração.
Com os nossos melhores cumprimentos
Sílvia S. Cristóvão
Rua Alexandre Herculano, n.º 23 - 2.º
1250-008 Lisboa Portugal
[email protected]
É evidente que irei responder com a verdade e nada mais. De qualquer forma agradecia que, se alguém recebeu de outra fonte este pdf antes de 31 de Maio, me enviasse um email para [email protected] dizendo simplesmente, que a meu pedido, o recebeu antes daquela data.
Desde já grato e um abraço
Fernando Gil
Primeiro contacto de Nuno Rogeiro e minha resposta para melhor entendimento:
-------- Mensagem reencaminhada --------
Assunto: | Re: De Nuno Rogeiro |
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Data: | Mon, 1 Jun 2020 11:57:53 +0100 |
De: | Fernando Gil <[email protected]> |
Para: | Nuno Rogeiro <[email protected]> |
Já agora não se esqueça de todos os que através do WhatsApp e Facebook o divulgaram ainda antes de mim e a nível público, não particular. Eu até já fiz a pré.compra do livro na FNAC. Resta-me desejar-lhe as maiores venturas e, de qualquer forma, pedir-lhe desculpa, mas para mim Moçambique e o seu povo sempre estiveram acima de tudo. E nos meus quase 81 anos, não sei se viverei o suficiente, até que esteja terminado o conflito em Cabo Delgado. Infelizmente para aquele povo. Com os meus melhores cumprimentos e parabéns pelo livro, embora alguma das suas perspectivas não reproduzam a realidade local onde fui um dos responsáveis durante 8 anos(1964-1972) pela construção dos aldeamentos , pela sua auto-defesa e desenvolvimento socio-económico, sendo até um "maconde" o meu guarda-costas. E nunca a Frelimo ocupou algum deles por um minuto que seja. Resta-me dizer-lhe que enviarei cópia do seu e deste email para os mesmos a quem enviei o pdf. ficando em sua consciência avançar ou não com a acção. Como sempre, o "problema" estará em quem de dentro da editora divulgou o texto.Procure aí e não fora. Eu não digitalizei o livro pois que ainda se não encontra à venda. Aliás, nota-se que no seu livro que não recuou o suficiente no tempo para entender o início do conflito em Cabo Delgado, depois aproveitado por outros e com outros fins. Renovo os meus cumprimentos Fernando Gil Às 11:11 de 01-06-2020, Nuno Rogeiro escreveu: Senhor Fernando Gil Apesar de ir ser confrontado com uma queixa-crime exemplar por parte da D. Quixote, por violação de propriedade intelectual e outros delitos, quero dizer-lhe que acho lamentável o seu acto de divulgar um pdf do meu livro ao público escolhido por si. O processo judicial, baseado em ampla prova e queixa de uma das pessoas que recebeu o seu correio electrónico com o pdf «O Cabo do Medo», irá custar-lhe financeiramente muito. Mas independentemente disso, deixe-me dizer-lhe aqui do meu profundo desprezo e condenação pela sua atitude, que será divulgada publicamente. Nuno Rogeiro
Posted on 18/06/2020 at 17:42 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Geral, Informação - Imprensa, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)
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Ainda não parámos de roubar e de esbanjar descaradamente o que não temos. O que o governador da Zambézia vai fazer de tão especial para que a reabilitação da sua casa protocolar custe 31.518.209 meticais? Esse senhor já foi presidente do Conselho Municipal de Quelimane e escangalhou a cidade: lixo, cheiro nauseabundo, ratos espalhados pela urbe…
Agora, gastarem essa dinheirama toda só porque o Pio Matos vai lá viver, é absurdo. Donde é que virá esse dinheiro? Do nosso bolso? Afinal, Excelência, Filipe Jacinto Nyusi, qual é o foco do seu Governo? Sabe quantas pessoas necessitam de pão e um simples chá, em Cabo Delgado? São refugiados que abandonaram as suas casas por causa da guerra e não têm ninguém que lhes ampare. Fogem da guerra para Pemba e lá encontram outros inimigos perigosos: a fome e dormir ao relento. Mas gastamos mais de 30 milhões de meticais a reabilitar a casa protocolar de um governador que nem vai mudar nada na Zambézia. Estamos fartos disto. Estamos fartos da Frelimo, gatunos sem escrúpulos!
30 milhões de meticais equivale a qualquer coisa como 450 mil dólares americanos. Com esse valor, em qualquer parte do mundo compra-se um apartamento novo. Sabe, o Filipe Nyusi quanto é que custa um duplex de cinco quartos e igual número de casas-de-banho numa prestigiada zona de Dubai? 450 mil dólares! Agora, pegar esse valor e reabilitar a casa do governador lá na Zambézia?! Há roubalheira aqui. Que casa é essa? É do Messias? Pio Matos veio para salvar a província da Zambézia da pobreza em que se encontra? Se é um profeta, até pode ser. Que se lhe dê uma casa de luxo, mas se veio para engrossar o número de ladrões na Frelimo, estamos fritos!
Há dias, Filipe Nyusi falou de dar dinheiro aos militares que combatem insurgentes em Cabo Delgado. Não entrou em detalhes. E receamos que esse dinheiro nunca vão ver. Estamos a falar de pessoas que arriscam a sua vida para Pio Matos e companhia poderem beber sossegados o seu uísque, mas dinheiro nada. Vai ao Pio Matos. O que vocês querem? Revolta? Que o povo, também, pegue em armas? Isto vai acontecer. O mais breve possível. Vamos desalojar todo o gatuno do poder.
Ladrões!
PS: Pio Matos, quando era edil de Quelimane, roubou mais de dois milhões de meticais. Isto até não é segredo. Foi tornado público pela auditoria da Inspecção-Geral das Finanças no exercício económico de 2009-2010. Aliás, foi o que determinou o seu afastamento. Agora volta em grande estilo. Tem casa que custa mais de 30 milhões de meticais só a reabilitação. É o mesmo caso de Deodino Cambaza ou Setina Titosse ou Maria Isaltina ou Manuel Chang, no futuro próximo. São pontas-de-lança do partido. Roubam e dão à Frelimo, daí o prémio!
(Justiça Nacional, siga-nos no Facebook)
NOTA: Será que o Governador Razac destruiu o palácio? Se assim foi, peçam-lhe contas.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 18/06/2020 at 16:54 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Por Edwin Hounnou
Esta é uma pergunta simples, porém, complexa e difícil de responder. Qualquer cidadão normal, em pleno gozo das suas faculdades mentais e intelectuais, deve colocar a si próprio, à sociedade, em geral e ao governo, esta pergunta se com o desarmamento das forças residuais da Renamo, incluindo dos seguidores da Junta Militar da Renamo, passaremos a ter uma paz efectiva e duradoura. Quanto a nós, enganam-se os que pensam que já temos uma paz garantida por a Renamo ter ficado sem o seu principal meio de dissuasão. O governo terá que dar ainda muitos passos em frente para que o país possa ter paz e viva na tranquilidade, abdicando-se das práticas nocivas ao desenvolvimento, como a discriminação com base na pertença partidária, de acesso à riqueza nacional, às oportunidades de negócios e aos recursos de que o país dispõe.
No tempo colonial, a discriminação e exclusão fundamentavam-se na base da coloração da pele de cada individuo. Quanto mais clara fosse a pele, mais benefícios tinha. Hoje, a discriminação e a exclusão baseiam-se na pertença ideológica. Beneficiar-se dos frutos da independência é uma bênção que chega a poucos, nesta nossa terra, chamada “pátria dos heróis, por quem tudo abocanhou para si e para o seu grupo de pilhagem. Na “pátria dos heróis” morre-se por revelar uma opinião contrária à do regime. Os esquadrões da morte passeiam a sua classe de cachorros que matam sob o comando do seu dono. A rádio e a televisão públicas servem de amplificadores da voz do regime através do G40 - um grupo de historiadores, sociólogos, economistas, jornalistas bajuladores da Frelimo e do seu regime.
Nenhum cidadão aceitará que fique impávido que um grupo de pessoas usufrua, de forma egoísta, os benefícios da independência, como acontece nos dias que correm, desde 25 de Junho de 1975 e a situação vem se agravando por cada dia que passa. Hoje mais que ontem, o fosso que separa os poucos endinheirados, saliente-se que sem causa, e a maioria pobre da população vai ficando mais largo e fundo. A causa de todas as guerras por que temos vindo a passar, desde a independência, deve-se, exclusivamente, à má governação, a discriminação e exclusão social a que a maioria da população moçambicana se vê sujeira. Ninguém lutou para trocar o colono branco por colono preto. O povo lutou pela sua liberdade e igualdade de oportunidades.
A partidarização das instituições públicas, incluindo dos órgãos de justiça, e a impunidade dos que roubam o bem público apimentam o xadrez político do país. A injusta distribuição da riqueza nacional serve de coramina que faz ressuscitar os rancores adormecidos. É a maneira não transparente como uns chegam ao poder, socorrendo-se de fraudes eleitorais. É a artimanha que se monta para que uns saiam, sempre, derrotados das eleições e outros sejam, eternamente, vitoriosos, para ficarem com a riqueza que a todos deveria beneficiar. Não há nenhum feiticeiro, nem de dentro nem de fora, que nos esteja a tramar a vida. É um grupo específico e conhecido que joga a todos nós para uma sarjeta, que nos vem empobrecendo tanto como famílias assim como nação inteira. Faltam à verdade quando nos tentam impingir as culpas da guerra dos 16 anos aos regimes minoritários da Rodésia do Sul e do Apartheid.
A culpa pelas guerras que nos assolam, é dos que agem como se Moçambique fosse um objecto achado e sem dono.
Posted on 18/06/2020 at 16:41 in Opinião | Permalink | Comments (0)
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Resposta do Dr. Michel Cahen aos comentários de VLITOS e Francisco Nota Moisés:
Agradeço os Senhores Vasco Leitão e Nota Moises pelas suas reações depois da minha palestra electrônica no IESE, dia 17 de Junho de 2020, sobre o tema "A Renamo após Dhlakama". Não posso responder a tantos reparos mas o que me machucou um pouco é que: 1°) visivelmente não conhecem nada dos meus trabalhos sobre a Renamo desde 1988, pensando que sou não sei lá o quê (um agente da Frelimo, um branco racista da França imperialista, etc.); e, 2°) o primeiro, visivelmente não ouviu a palestra. Um como outro reagiram simplesmente ou principalmente à frase "a oposição deve reconfigruar-se porque a geração que criou a Renamo e o MDM não conseguiu contestar a hegemonia da Frelimo". Se pode discordar com este ponto de visto, mas não é em nada um ataque à Renamo e ao MDM, partidos para os quais, como estrangeiro, tenho respeito e que acolheram variás vezes à minha presença no seio das suas iniciativas para poder observá-las (fui assim "hospêde" da Renamo em Setembro e Outubro passados). É uma análise – verdadeira ou errada – sobre a situação e um pronósticvo sobre o que vai advir até 2024. Penso que se deve admitir que o debate sobre a política em Moçambique não se pode resumir a ser pro ou contra: sou um historiador independente que trabalha sobre Moçambique desde 1975, penso saber algumas coisitas, posso errar (já aconteceu-me várias vezes!) mas penso raciocinar sempre com uma distância critica para com a espuma dos acontecimentos.
Melhores cumprimentos,
Bordéus, 18 de Junho de 2020, Michel Cahen.
Posted on 18/06/2020 at 16:29 in História, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O Tribunal Judicial da Província de Gaza, sul do país, condenou hoje seis polícias a penas de prisão entre três e 24 anos de cadeia pelo seu envolvimento no homicídio, em outubro último, do observador eleitoral Anastácio Matavel.
O acórdão proferido pela juíza Ana Liquidão condenou Tudelo Guirrugo, Edson Silica e Alfredo Macuácua a 24 anos de prisão cada um, Euclídio Mapulasse a 23 anos, e Januário Rungo e Justino Muchanga a três anos cada.
O sétimo arguido e único civil no caso, Ricardo Manganhe, foi absolvido.
LUSA – 18.06.2020
NOTA: Tudo bem. Mas estes são os operacionais. Onde estão os mandantes? Como só podem ser da Frelimo, nunca se saberá. Até quando esta justiça em Moçambique?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 18/06/2020 at 13:06 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O académico Salvador Forquilha considerou hoje que a origem dos grupos de terroristas responsáveis por ataques violentos na região de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é complexa e alimentada por fatores internos, sobretudo étnicos e sociais.
“A insurgência é alimentada por clivagens múltiplas de origem étnica, histórica, social e política”, disse o diretor e investigador sénior do Instituto de Estudos Económicos e Sociais (IESE) de Maputo, durante o seminário "Encontrar soluções para a insegurança em Cabo Delgado”, organizado pelo Instituto Real de Relações Internacionais - Chatham House.
Cabo Delgado, província onde avança o maior investimento privado de África para exploração de gás natural, está sob ataque desde outubro de 2017 por insurgentes, classificados desde o início do ano pelas autoridades moçambicanas e internacionais como uma ameaça terrorista.
Em dois anos e meio de conflito naquela província do Norte de Moçambique, estima-se que já tenham morrido, no mínimo, 600 pessoas e que cerca de 200 mil já tenham sido afetadas, sendo obrigadas a refugiar-se em lugares mais seguros.
Forquilha criticou as autoridades moçambicanas por terem privilegiado a teoria de uma conspiração de origem estrangeira de extremistas islâmicos ligados ao grupo Estado Islâmico quando “Informação no terreno sugere que o desenvolvimento da insurgência em Cabo Delgado foi alimentada consideravelmente por fatores internos”.
O investigador moçambicano disse estar envolvido em dois estudos, um sobre o conflito e os desafios em termos de desenvolvimento no norte de Moçambique e outro sobre a coesão social e violência política, que olham para a situação em Cabo Delgado.
O que descobriu é que um fenómeno inicialmente isolado e pouco organizado tem estado a crescer junto de grupos populacionais marginalizados pelo Estado, nomeadamente jovens e muçulmanos mais conservadores.
“O discurso de oposição à ordem estabelecida funciona no sentido de acelerar o descontentamento social e radicalizar clivagens políticas e sociais”, justificou, adiantando que “os insurgentes conseguiram estabelecer uma rede eficiente de apoio logístico e informação” graças aos jovens integrados nas comunidades locais.
A informação recolhida sobre o movimento das diferentes forças de segurança na região deu aos rebeldes maior mobilidade e eficiência em operações militares, explicou, alertando para a necessidade de impedir que o conflito se intensifique e espalhe para outras províncias no norte de Moçambique.
Pedro Esteves, especialista em segurança e analista da consultora Africa Monitor, sediada em Lisboa, sugeriu que uma das soluções a curto prazo pode ser a criação de uma aliança militar regional, nomeadamente com o Zimbabué, e eventualmente com o apoio da África do Sul e Angola.
Porém, salientou, estes dois últimos países "podem apoiar ter força regional em Mocambique, mas existe uma diferença entre apoio político e meios militares”.
A outra hipótese é uma maior intervenção das forças militares moçambicanas, apesar da "falta de motivação, organização, capacidades e recursos” que tem dado espaço para a intervenção de empresas militares privadas na região.
“Existe um descontentamento dos militares pela forma como o conflito tem sido abordado pela polícia. Eles sentem que estão a ser subordinados e isso agrava a falta de coordenação e a moral. Qualquer solução a curto prazo vai precisar dos militares com vontade e capacidade. O Presidente [Filipe] Nyusi tem de resolver isto em breve”, disse Esteves.
LUSA – 16.06.2020
Posted on 18/06/2020 at 12:35 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Para quando resultados? Se fosse a oposição responsável já havia gente na cadeia. Mas como se trata da Frelimo, o processo continua na gaveta.
Porque será que nenhuma televisão ou jornal apresenta imagens do momento da tragédia? Proibidos pela Frelimo? É que, segundo parece, ainda Filipe Nyusi estava a falar quando uma mole de gente decidiu sair, parecendo que lhe virava as costas. Entretanto outros estavam tentando entrar. À entrada das pessoas haviam mais portas abertas. Porque as fecharam e só ficou uma? Precisamente para que não saíssem e a “onda vermelha” se mantivesse compacta. Ouçam as testemunhas presenciais. O resto são “lágrimas de crocodilo”. E as ordens foram de quem? Insisto: onde estão as imagens da tragédia. As televisões estavam lá. E os jornalistas também. Porque as não transmitem? Conclusão: obediência cega à Frelimo.Agradecem-se mais detalhes. A solidariedade do MPT às famílias enlutadas.
Posted on 18/06/2020 at 12:10 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Frank said:
"O cenário mais provável" Este é o título do artigo do ex-ministro da segurança e chefe do SNASP Sr. Jacinto Veloso
1- O texto publicado não faz juz ao título do mesmo. Como se pode verificar ao ler o texto, o autor vai para além de um possível de cenário para argumentar em definitivo que a guerra no norte de Moçambique não é um conflito interno, nem é uma sublevação de descontentes locais e os rebeldes não podem ser considerados insurgentes. As passagens a seguir demonstram o real intento da mensagem do autor: "Pelos exemplos atrás se pode fazer já uma ideia da capacidade e poder do Estado Islâmico que estamos a enfrentar em Cabo Delgado, onde apenas se vislumbra a ponta do iceberg, pelo que tudo leva a crer que não são insurgentes, nem é uma sublevação de descontentes locais. O conflito de que se fala é aparente. Foi criado por serviço secreto especializado. Na realidade, estamos diante duma mega-operação de desestabilização de grande envergadura muito provavelmente dirigida por uma competente e poderosa central, situada algures no exterior do país . "
2- O autor argumenta que é uma mega-operação dirigida e executada do exterior para retardar os mega-projetos. A realidade no terreno não é a que o autor defende. Os alvos dos rebeldes têm sido as instituições e orgãos de repressão do regime da Frelimo, e não os mega-projecto. A Guerra progride em direção ao sul e não ao norte onde estão os projetos. Os rebeldes libertam os prisioneiros encerrados na cadeias da Frelimo. "Tudo leva a crer que se trata de uma mega-operação concebida, dirigida e executada a partir do exterior para, no mínimo, retardar os projectos de gás natural, porque eles são considerados uma séria ameaça comercial a gigantescos interesses económicos de grandes empresas envolvidas em projectos idênticos na região e que disputam os mesmos mercados."
3- O autor, adiante no texto, argumenta sobre as intenções do EI em Moçambique. Ele esquece-se que os traficantes de droga, madeira, pedras preciosas e marfim são os camaradas do seu partido e que é o seu partido que os protege . O presidente da Câmara de Maputo, Eneias Comiche, não conseguiu acabar com os mercados de droga existente no bairro militar. Quem passe por este bairro à luz dias vai encontrar as bancas de venda de droga. Um empresário traficante detentor de shopping em Maputo é procurado pelos EUA mas é protegido pela Frelimum. Maputo é um dos corredores da droga para a África do Sul. Os novos empreendimentos imobiliários em Maputo e Beira serviram para a lavagem de dinheiro sujo. "Acredito que alguns membros influentes do EI, para além do objectivo político-religioso, pretendem proteger também seus negócios mafiosos e ilegais e fazê-los prosperar em Moçambique e na região, como já aconteceu noutros países em África e no Médio Oriente. Negócios ligados ao comércio de pedras preciosas, ouro, marfim, madeira e em particular recepção e distribuição de drogas pesadas despachadas dos produtores do oriente, estão já identificados em estudos publicados."
4- O texto tem duas incorreções como se apresenta na passagema a seguir: a) O EI foi fundado em 1999 com o nome "Jamāʻat al-Tawḥīd wa-al-Jihād" com aliança à al-Quaeda. Mais tarde, em 2006 passou a designar-se por Estado Islâmico do Iraque e Levante. Em Junho de 2014 declara a criação ao Califado; b) O autor na mesma passagem refere "Lei da Sharia" que é incorreto. Basta mencionar Sharia. "O EI nasce no Iraque de um braço da al-Qaeda em 2003 e adopta o fundamentalismo islâmico como seu programa político e religioso, visando conquistar territórios e neles i5- O EI foi derrotado no Iraque e na Síria e o seu líder suicidou-se cobardemente em 26 de Outubro 2019 perante o raid das forças americanas. No final de 2017 o Exército Iraquiano declarou o fim do EI no Iraque. Em 23 de Março de 2019 as Forças Democráticas da Síria declararam o fim do último bastião do EI remanescente na Síria.
5- O EI foi derrotado militarmente mas a sua ideologia ainda mantêm-se. O Nazimo foi derrotado e as forças remanescentes assinaram a declaração de capitulação em 5 de Junho de 1945, mas a ideologia se matêm e com o tempo irá desaparecer. O autor defende que é o EI que a está a conduzir a guerra no norte de Moçambique, mas não apresenta provas concludentes como se pode mostrar nas passagens a seguir: "Mas para quê criar uma nova organização se já existe pelo menos uma, o Estado Islâmico, , que está disponível para pôr em prática o seu programa político-religioso, baseado na Sharia jihadista? " "Assim, é incentivado o EI para iniciar operações em Cabo Delgado actuando de forma a dar a entender que se trata de uma revolta interna." "Acredito que alguns membros influentes do EI, para além do objectivo político-religioso, pretendem proteger também seus negócios mafiosos e ilegais e fazê-los prosperar em Moçambique e na região" "E não acabaram com o EI que, refugiado nas montanhas do Iraque, continua a inquietar sob a forma de guerrilha. "
6- No final do texto o autor faz um apelo, que me parece, inspirado na transmissão via rádio feita por feita pelo ditador Stalin em 3 de Julho de 1941 para mobilizar os cidadãos da URSS contra a inavsão nazi. A seguir mostram-se as passagens do texto sobre o apelo: "É este fundamentalismo religioso conduzido pelo Estado Islâmico que temos que combater. Todos: políticos sem distinção de partidos, sociedade civil, governo e forças de defesa e segurança, académicos e jornalistas, sem esquecer todas as religiões e igrejas locais." "Encoraja-me verificar que a reestruturação político-militar do governo e FDS já está em movimento, havendo sinais claros de sucesso. "
7- Autor é um membro da nomencaltura da Frelimo e o seu texto, que se confunde com a posição do regime, tenta construir uma narrativa sobre falsidades corrobradas por outros membros da comunicação social internacional que visa perpetuar o poder da Frelimo. Conseguiram desmembrar a Renamo. Agora querem eliminar a resistencia no centro e norte de Moçambique. O COVID-19 veio num momento em que mostrou as fragilidades dos vizinhos de Moçambique que não estão dispostos a avançar.
Publicado no MPT em 06.06.2020
Veja o artigo em https://www.typepad.com/site/blogs/6a00d83451e35069e200d8341c828e53ef/post/6a00d83451e35069e20263ec202565200c/edit
Posted on 18/06/2020 at 11:20 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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MICHEL CAHEN NÃO QUER ENTENDER A NATUREZA TOTALITÁRIA DA FRELIMO
Por Francisco Nota Moisés
"O historiador francês Michel Cahen disse esta terça feira (16.06) que a RENAMO precisa de repensar a sua atuação e não se limitar a mobilizar apoios em tempo de escrutínio, para não voltar a perder eleições."
Penso que Frank, eu e alguns outros podemo-nos rir daquilo que Michel Cahen diz. A Renamo não "perdeu" no passado por ter sido fraca politicamente perante a Frelimo. Não é por falta da estima do povo que a Renamo "tem perdido," como Cahen pensa e está convencido que o povo gosta muito da Frelimo.
Não sei se ele pensa assim por gostar da Frelimo ou está muito imbuído corpo e espírito na propaganda da Frelimo ou pensa que o Moçambique da Frelimo "est une démocratie a l'occidentale comme la France (uma democracia ocidental como a Franca.)" Se pensa assim, é muito triste. Ele mostra que entende muito pouco sobre a política da Frelimo que é um regime terrorista de natureza totalitária comunista que não admite o exercício da democracia.
Antes das chamadas eleições de 2019, Frank e eu já nos cansávamos de dizer no Moçambique para todos que Felipe Nyusi e a Frelimo já tinham ganho as eleições antes delas tomarem lugar em Outubro do ano passado. Não dizíamos aquilo em louvor da Frelimo. Diziamos aquilo visto que sabíamos que a Frelimo, no poder e com o poder, manipularia os escrutínios e se declararia vencedora como sempre o fez a ponto das chamadas eleições em Moçambique serem uma triste palhaçada.
Mas Cahen pensa que são democráticas, justas e transparentes. Apesar da UE ter criticado as eleições de 2019 como uma grande batota, Caen não leva aquilo a sério e pensa que a Frelimo ganhou, é popular e democrática.
Hoje, Frank e eu já podemos dizer que a tal Renamo ou a dita oposição que a Frelimo já ganhou as eleições de 2024 e que não vale a pena ela participar nelas para legalizar a batota eleitoral premeditada e preparada da Frelimo e que é inútil ela fazer o jogo onde a Frelimo tem sempre batoteado e está apostada a batotear.
Os renamistas não entendem nada. Só querem as migalhas da Frelimo.
Nao sei se Cahen sabe que a Frelimo não tolera actividades por outros partidos antes e durante as ditas campanhas eleitorais e só admite que a Frelimo faça o que quer e como quer e tem havido muita violência contra os membros doutros partidos e contra a população? Não sei se Cahen também sabe que o regime da Frelimo opera esquadrões da morte contra a oposição ou contra qualquer outra força ou indivíduos que não sejam para o benefício da Frelimo.
Obviamente, Cahen acertou em cheio quanto ao totalitarismo do estilo politico do Afonso Dhlakama que impedia a criatividade política na Renamo ao ponto de hoje a Renamo ser uma força liderada por indivíduos sem nenhuma criatividade politica mesmo na teoria visto que durante a ditadura do Dhlakama na Renamo, todos abaixo dele não faziam mais do que glorificá-lo.
E que líder democrático permanece no poder do seu partido por 40 anos? Dhlakama era na verdade um inimigo jurado da democracia. A Renamo agora com Ossufo Momade, que só se interessa dos seus próprios interesses e de cuidar o seu grande corpo e barriga, e um cadáver.
Posted on 18/06/2020 at 10:59 in Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O Sr Michel Cahen é mesmo historiador, ou usa o título para vir ao terreiro (a mando da Frelimo U$D), com o propósito de atarantar a opinião pública e acalmar os tímpanos exaltados dos 30 milhões?
Moçambique anda acordado desde 01 de Março de 1977, já lá vão mais de 4 décadas e como é possível um Cidadão chamado Michel Cahen, nado e crescido no Mundo democrático-comprador-de-matéria-prima-Moçambicana, esteja a transmitir ideias como ignorante?
Continue reading "MOÇAMBIQUE: "A RENAMO E TODA A OPOSIÇÃO PRECISAM DE SE RECONFIGURAR"(2)" »
Posted on 18/06/2020 at 10:43 in Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 17/06/2020 at 23:33 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Posted on 17/06/2020 at 21:20 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Posted on 17/06/2020 at 21:13 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Abstract
Throughout the socialist experiment between 1974 and 1992, the Mozambique Liberation Front (Frelimo) ran a network of internment camps officially known as reeducation centers. Established in remote rural sites to mentally decolonize wayward members of urban society and putative enemies of the socialist revolution, the camps became a dumping ground for unwanted citizens accused of all kinds of wrongdoing.
Although the Frelimo leaders envisioned a pedagogical institution that would undo the damage of colonialism by transforming reeducatees into new social beings, the gap between the idea of rehabilitation and the reality of detention was abysmally wide.
Austerity – the order of the day throughout the fifteen years of socialist experiment in Mozambique – conditioned and defined the organic functioning of reeducation camps. Unlike internment camps elsewhere, Mozambique’s camps were not strictly regimented. The carceral regime that emerged not only set Mozambique’s reeducation centers apart from camps elsewhere, they were also far from the technocratic moralism and panoptic ambitions of the ruling party.
Leia aqui Download Reeducation_camps_austerity_and_the_carceral_regime_in_socialist_mozambique_197479
Posted on 17/06/2020 at 15:31 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, M'Telela - Niassa e outros | Permalink | Comments (0)
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QUANDO A FRANÇA EMPURRA MOÇAMBIQUE PARA A ARMADILHA DO GÁS
SUMÁRIO EXECUTIVO
Moçambique: O novo eldorado de gás embrulhado em escândalo de corrupção
Em 2010 e 2013, foram descobertas enormes reservas de gás em Moçambique: cerca de 5000 milhares de milhão de metros cúbicos, as 9.as maiores reservas de gás do mundo. Prevê-se um investimento de, pelo menos, 60 mil milhões de dólares nos próximos anos para explorar as reservas, um dos maiores investimentos alguma vez feito na África Subsariana. É simplesmente estonteante. Representa mais da metade do que, segundo os ministros das Finanças Africanos, seria necessário para fazer face à crise do coronavírus em todo o continente. É também o equivalente a 50 vezes os fundos angariados pelas Nações Unidas para reconstruir o país após os ciclones tropicais Kenneth e Idai. As praias de areia fina da província de Cabo Delgado, no extremo norte de Moçambique, tornaram-se o eldorado da indústria do gás e de todas as empresas que giram em torno dos referidos megaprojectos de energia. Um eldorado que já se está a transformar num pesadelo para a população Moçambicana em geral e para os habitantes dessa região em particular, que enfrentam um conflito aceso.
Posted on 17/06/2020 at 12:30 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Gás - Petróleo - Biodiesel, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Organizações de defesa do ambiente exigem a retirada do “Estado francês, bancos e empresas de combustíveis fósseis” de projetos de hidrocarbonetos no norte de Moçambique, por causa do seu potencial de "desgraçar a população, promover a corrupção e destruir o planeta".
No relatório “Do El Dorado do Gás ao Caos – Quando a França empurra Moçambique para a armadilha do gás”, as organizações Justiça Ambiental (Moçambique), Amigos da Terra França e Amigos da Terra Internacional denunciam o esforço das “autoridades públicas francesas para garantir que a sua economia, banqueiros, indústria de combustíveis fósseis e armamento sejam os maiores beneficiários da exploração do gás.”
As três organizações dizem que os bancos BNP Paribas, Société Générale ou Crédit Agricole, e a gigante de combustíveis Total, “são alguns dos maiores beneficiários dos impactos devastadores da indústria na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique”.
O relatório diz que “as praias de areia fina da província de Cabo Delgado, no extremo norte de Moçambique, tornaram-se o el dorado da indústria do gás e de todas as empresas que giram em torno dos referidos mega projectos de energia”.
O investimento na região, com uma das principais reservas mundiais de gás natural liquefeito, é estimado em, pelo menos, 60 mil milhões de dólares, algo jamais visto na África subsaariana. Para a sua materialização, milhares de residentes de Palma, por exemplo, foram transferidos para outras zonas, num processo criticado por vários ativistas.
Continue reading "Ambientalistas exigem a retirada da França dos projetos de gás de Cabo Delgado" »
Posted on 17/06/2020 at 11:57 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Gás - Petróleo - Biodiesel, Opinião | Permalink | Comments (0)
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O historiador francês Michel Cahen disse esta terca feira (16.06) que a RENAMO precisa de repensar a sua atuação e não se limitar a mobilizar apoios em tempo de escrutínio, para não voltar a perder eleições.
Durante uma videoconferência intitulada "A RENAMO pós-Dhlakama", o historiador Michel Cahen defendeu uma maior acutilância da Resistência Nacional Moçambique (RENAMO) na vida política e social do país,
"A RENAMO e toda a oposição precisam de se reconfigurar, para não chegarem às eleições gerais de 2024 enfraquecidos e perderem de novo", defendeu Cahen.
O principal partido da oposição, no seu entender, deve manter uma atuação permanente na vida política e social das comunidades, exprimindo o sentimento das populações e apresentando políticas alternativas.
O historiador diz que "a RENAMO deve funcionar também fora dos períodos eleitorais e assumir-se como uma espécie de sindicato das populações que contestam o clientelismo e os abusos da FRELIMO".
Uma contestação forte à Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder há 45 anos, passa também por uma mudança geracional na liderança da oposição, porque a elite do poder na RENAMO falhou no objetivo de ascender à liderança do país.
"Tem de haver uma reconfiguração geracional na oposição, que permita o surgimento de novas ideias, porque a atual geração não conseguiu contestar a hegemonia da Frelimo", considerou Michel Cahen.
Continue reading "Moçambique: "A RENAMO e toda a oposição precisam de se reconfigurar"" »
Posted on 17/06/2020 at 10:48 in Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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