Por Francisco Nota Moisés
Não resta dúvida que este ataque a bomba artesanal contra as instalações da CanalMoz e Canal de Moçambique foi um acto terrorista orquestrado por agentes do regime de Maputo. Esse jornal sempre se marcou como uma imprensa livre e independente. Como não demonizava a Renamo, os frelimistas sempre andaram furiosos contra esse jornal, tendo-o acossado com ameaças de fechá-lo e perseguido os seu repórteres.
Não há duvida que o carácter do regime da Frelimo torna-se mais e mais raivoso na medida em que as coisas não lhe andam bem nas suas guerras do Centro e do Norte onde parece ter perdido de vez Mocímboa da Praia e onde as vilas de Mueda e outras estão sitiadas e regiões além daqueles sítios urbanos são zonas libertadas dos rebeldes.
Os agentes do regime da Frelimo não são diferentes daqueles terroristas extremistas islâmicos que atacaram as instalações do semanário Charlie Hebdo em Paris alguns anos atrás. Na sua confusão, o regime da Frelimo age como um búfalo ferido ou como um hipopótamo furioso que se atira contra indivíduos que não cantam os seus louvores ou mesmo que não tem nada a ver com ele.
Escrevo repudiando o acto terrorista como um indivíduo independente e livre pensador e não como simpatizante do jornal Canal de Moçambique. Não tenho e nunca tive ligações quais que fossem com aquele jornal. Convém-me salientar que não faria favor a ninguém em Moçambique que seja considerado como sendo uma pessoa com ligações comigo.