O PRESIDENTE da República, Armando Guebuza, lamentou o facto de o Museu de Chai (Muchai), localizado na província de Cabo Delgado, norte do país, não estar ainda a assumir na totalidade o seu papel que é de preservar a história da luta de libertação nacional.
Maputo, Quinta-Feira, 22 de Maio de 2008:: Notícias
Mesmo depois de ele reconhecer que o sector da Educação e Cultura está a trabalhar para que o Muchai desempenhe o papel para o qual foi criado, Guebuza disse ser necessário que se faça muito mais. “Tem de se criar condições para que o museu seja um ponto em que todos os que o visitem encontrem tudo sobre a história de libertação de Moçambique”, disse Guebuza, durante um breve contacto com as populações locais, momentos depois de ter visitado aquela instituição de natureza histórica e cultural, subordinada ao Ministério da Educação e Cultura. A deslocação de Guebuza ao posto administrativo de Chai está inserida nas visitas de trabalho que tem efectuado anualmente a todas as provínciais moçambicanas. Segunda-feira Guebuza iniciou a presidência aberta de quatro dias à província de Cabo Delgado. Ao lado do Museu do Chai foi erguido um monumento que simboliza o início da luta armada de libertação nacional, em 1964, e que culminou com a celebração da independência, em 1975. Adquirir, registar, preservar, conservar e colocar à disposição do público, colecções de documentos referentes à luta de libertação de Moçambique, promover a investigação científica, e estabelecer as relações de trabalho com instituições que actuem em áreas afins, são os demais objectivos do Muchai.Dentre muitas acções, constituem perspectivas do Muchai identificar e registar os vestígios históricos da luta de libertação nacional, recolher materiais bibliográficos dos combatentes de luta de libertação nacional, e educar civicamente as escolas e comunidades sobre a importância da luta pela independência. No Chai, Guebuza também se inteirou dos actuais níveis de abastecimento de água, sabido que na sede do posto administrativo de Chai não existe nenhuma fonte de abastecimento de água. Tentativas feitas para a construção de dois furos nos anos 1960 redundaram num fracasso, pois anos mais tarde os furos vieram a secar devido às características geo-hidrológicas do terreno. Um pequeno sistema de abastecimento de água em Chai funcionou normalmente até 2003, depois de ter sido reabilitado nos anos de 1980. Muitas tentativas para a reabilitação deste sistema foram feitas até que, finalmente, em 2007, iniciou a sua reabilitação com fundos do Governo moçambicano e da Cooperação Suíça. As obras de reabilitação e fiscalização deste pequeno sistema estiveram a cargo de empresas nacionais e custaram 3,7 milhões de meticais. O sistema tem a capacidade para abastecer, numa primeira fase, cerca de cinco mil habitantes da sede do posto e da aldeia de Litamanda. Grande parte destas comunidades não tinham água segura e nem muito perto das suas residências. Com este sistema de água, cuja captação é feita através de um poço filtrante de betão localizado numa das margens do rio Messalo, muitas pessoas passarão a dedicar maior parte do seu tempo na produção agro-pecuária. Do local de captação, a água é aduzida através de uma conduta até à aldeia de Litamanda, a cerca de 4,5 quilómetros da sede do posto. – (AIM)
Em tempo: 56 anos depois do primeiro tiro, tudo em CHAI está destruído, inclusivé este Museu. Mais uma vitória da Frelimo!
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE