O posicionamento é do jornalista e jurista moçambicano, Ericino de Salema, em uma entrevista recente ao Jornal Savana, baseando-se no facto de, por exemplo, faltando 24 horas para as Eleições Gerais e Provinciais de 2019, Nhongo ter aparecido publicamente com discurso incendiário contra o voto pro-Ossufo Momade, "trajado de um fato novo e com marcas de estar a sair da caixa".
"Eu particularmente, cidadão que sou, soube na altura, de colegas jornalistas que foram mobilizados para a cobertura daquelas declarações onde ele estava e teve patrocínio desse sector político. Alguns jornalistas foram mobilizados para se concentrarem num local na Beira, tendo Nhongo os abordado telefonicamente. E os mobilizadores eram pessoas conhecidas como membros da Frelimo", afirmou Ericino de Salema, que dirige uma das organizações que estiveram por detrás da observação eleitoral em 2019, EISA.
Para ele, estes factos levam a concluir que "Nhongo já teve contacto e foi politicamente patrocinado por sectores da Frelimo" e ainda questiona: "será que as autoridades investigaram isso, que até é ilegal, dada a proibição de campanha 48 horas antes da data de realização de eleições?".
"Os mesmos que tornaram possíveis estes discursos incendiários de Nhongo um dia antes das eleições são os mesmos que agora querem que Nhongo adira ao processo de DDR e demandam a responsabilização criminal dos que apoiam Nhongo. Irônico, no mínimo" considerou o entrevistado do Savana.