Por Gustavo Mavie
‘’Aprenda a dizer o que te incomoda quando ainda está te incomodando, não quando já não aguenta mais…só assim poderá dizer tudo com as suas próprias palavras e não com as piores ofensas’’, in Google.
Uma das grandes lições que assimilei indelevelmente de alguns dos melhores professores do Curso das Relações Internacionais e Diplomacia que fiz há já décadas é que é imperioso retaliar na mesma medida ou superior àquela acção ou ataque de que se é alvo.
Tais professores, de que destaco o tanzaniano Ibrahimo Mussaba e supervisor da minha tese, ensinaram-me que não retaliar é o mesmo que ser vítima de violência física ou de disparos e não se defender ou não contra-atacar – incorre-se sempre no risco de ser derrotado ou ser covardemente morto.
Para Mandela, que neste caso lutou mesmo a partir da cadeia até forçar o desmantelamento do apartheid, ser cobarde é morrer antes de morrer.
Pessoalmente me inspiro sempre na tese do poeta búlgaro Bertolt Brecht, que dizia que os homens imprescindíveis são os que lutam sempre. Mao Tse Tung defende também que uma retaliação deve ser numa medida maior do que o que o nos foi infligido.
Para o benefício dos que não conhecem o tal poema-tese de Brecht, que eu pessoalmente ouvi pela primeira vez e depois repetidas vezes pela voz do meu agora falecido colega e amicíssimo Emílio Manhique, aqui transcrevo: ‘’Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e são imprescindíveis’ ’Eu lutarei sempre contra o Lima e contra todos os que ousarem me atacar sem justa causa.
A primeira vez que retaliei contra Lima foi no dia 21 de Maio de 2004, através dum artigo que publiquei na Edição do Semanário Domingo, em homenagem ao então seu fundador, o grande fotojornalista Ricardo Rangel, que na altura completava 80 anos de vida e de luta através das fotografias com que denunciou as atrocidades dos colonialistas contra os moçambicanos de raça negra.
Nesse artigo dizia que Rangel era um homem digno de elogio, porque devotava a sua vida a fazer boas coisas, e que não era como o Fernando Lima, que já então só passava a vida a falar mal dos outros colega’’ ao contrário do Lima, que tinha e ainda tem até hoje, ‘’uma pequena cabeça’’, daí que só sabe discutir pessoas e não ideias. De lá para cá, Lima nunca mais ganhou a sapiência. É dos tais que no lugar de ir ganhando sapiência à medida que vão envelhecendo, como é comum com homens bem nascidos e bem educados, Lima só está ganhando apenas rugas e mais rugas com a velhice.
Faço todo este enredo como uma explicação antecipada aos que têm me implorado a não responder aos ataques que o Fernando Lima e quejandos me teem desferido sem que nunca antes os tenha provocado ou desferido algum ataque, ou os injuriado. Não vou nunca deixar de retaliar. Aplicarei sempre a chamada Diplomacia de Ping-Pongue em que só é ganha com contra-chutos das bolas que nos são chutados por quem está jogando connosco.
Por isso este artigo é mais uma retaliação pelo facto do Lima ter voltado a orquestrar um ataque contra mim na última edição do Savana que saiu às ruas no dia 25 deste Dezembro, como que para estragar o meu Natal ou Dia da Família. Mas não conseguiu estragar o meu Natal, porque o passei muito bem. Convivi harmoniosamente com a minha família e também com amigos. Isto porque já lá para o fim do dia, recebi um convite de um grande amigo para irmos à festa de família de um outro nosso grande amigo comum. É aqui onde acabei ‘’passando mal de passar muito bem’’, citando agora o meu antigo colega e agora político, Manuel Tomé ou Ndapota, como é também conhecido no mundo dos músicos.
Nesta Edição de 25 deste mês, o abocanhado SAVANA pelo Lima sou acusado de ser a ‘’frente falante dos esquadrões da morte’’ do regime da FRELIMO. Para ele, eu e os outros falantes estamos sedentos de ‘’destilar todo o veneno contra o Bispo de Pemba’’ e contra todos os que pensam diferente, principalmente os da Oposição. Para tanto, ele cita fora do contexto uma das passagens dum artigo em que eu repudiava as declarações do mesmo Bispo contra as FDS. O Bispo acusava recorrentemente todas as FDS sem excepção de violação dos Direitos Humanos. Nesse artigo eu fazia rigorosamente citações contidas numa das Cartas pastorais do próprio Bispo de Pemba, Luiz Lisboa. Portanto, não pus nenhuma palavra fora das que estão nessa sua carta que está disponível na Google.
Na verdade, o problema do Lima não sou eu nem o Egídio Vaz como pessoas, mas ele é contra nós porque entende que estamos a defender a FRELIMO e o seu Governo que ele não quer ver nem que seja pintado a ouro. Na verdade, o problema dele é que ainda padece do espírito colonial e do racismo de branco contra negros, tal como definido há séculos por Honoré de Balzac. Este clássico francês diz no seu livro A Comedia Humana, que haverá sempre a oposição de alguns brancos contra os negros, do mesmo modo que haverá oposição de alguns ricos contra os pobres e dos bonitos contra os feios.
Lima é contra todos os que negros e mais contra os que são nacionalistas e patrióticos. Para os que só o conhecem hoje, não imaginam o que o Lima é para com os de raça negra.
Eu o conheço muito bem, porque fui colega dele na AIM e sofri a sua hostilidade com motivação racial. Sei o que ele é de facto. Ele foi sempre contra o Poder de pessoas de cor. É por isso que ele foi um dos que foi transferido nos meados da década de 70, do Jornal Noticias, pelo então Ministro da Informação, Jorge Rebelo, por ter sido parte dos que se opunham sem justa causa a ser dirigidos pelo então jovem talentoso jornalista Arlindo Lopes e que se tornou no primeiro negro a ser nomeado Director daquele maior matutino do Pais.
Opunham-se não porque ele fosse incompetente, mas simplesmente porque era negro. O que o Lima sabe fazer é mandar nos pretos via telefónica, a partir da sua cama da sua casa. O que mais domina é a intriga e a lei de dividir para reinar. É assim que fazia na AIM como é o que faz agora na MEDIACOOP que ele transformou numa empresa pessoal. Alguns dos sócios da MEDIACOOP dizem que ele não quer ouvir falar da convocação de uma Assembleia Geral. ‘’Quando se aventa essa possibilidade, ele fica uma fera, e fica vermelho como um camarão assado. Teme perder o poder que detém há já muitos anos. E não pára de tentar comprar as ações dos outros sócios, de modo a que seja o accionista maioritário que o fará quase dono e assim se torne patrão que já se faz passar por tal à força’ ’assim me contou um dos jornalistas do SAVANA visivelmente triste. ‘’O Lima faz-nos passar muito mal, e se um dia tornar-se patrão de facto, a nossa situação irá piorar’’, rematou outro dos jornalistas que se tem queixado das arbitrariedades do Lima.
Das conversas que tenho tido com os jornalistas e do SAVANA, incluindo alguns que são tão sócios quanto o Lima na MEDIACOOP, dizem de viva voz que ele não os trata como pessoas normais que de facto são como ele próprio. Trata-os com muito desrespeito e muito desdém. É pela mesma jaez que os paga salários muito baixos só porque são negros. É por isso que o Lima não encara os negros como analistas tal como ele. Para ele são sempre lambe-botas ou cachorros que só defendem o regime da FRELIMO. É por isso que rotula o brilhante intelectual e analista de grande gabarito, Egidio Vaz, de ‘’moço de recados'' do governo da FRELIMO. Assim é rotulado no mesmo artigo em que sou acusado de ser ‘’um dos falantes dos esquadrões da morte’’. Diz-se que Egídio Vaz passa a vida ‘’circulando nos corredores da Presidência da Republica’’. Para os que lêem isto, nunca podem imaginar que o próprio Lima é um dos que é frequentemente convidado pelo Presidente Nyusi para a Presidência da República. Só que para ele, nunca se devia convidar também os moçambicanos da raça negra. Se são, é só para servirem de ‘’meninos de recados!’’
Lima e quejandos odeiam mais a FRELIMO e nunca os partidos cuja vocação é matar civis neste País. Odeia mais a FRELIMO não obstante tenha sido o que libertou Moçambique e seu povo do colonialismo e ousou criar o Estado multirracial moçambicano. Na verdade, Lima não ama nada que seja dirigido por negros. Mesmo a Oposição moçambicana que ele parece amar tanto agora, só a usa como Cavalo de Troia para a sua ascensão ao Poder que persegue desde a independência, mas que nunca o foi dado, porque já é conhecido como um anti-tudo o que a maioria deste país quer. Só quer poder desfrutar das suas benesses que tanto almeja. Não é por acaso que foi liminarmente chumbado na primeira triagem feita pela Comissão Ad Hoc que fez a pré-selecção dos que deviam ser parte da lista curta que devia ser submetida à votação da AR para a constituição da nova Comissão Nacional de Eleições (CNE) que acaba de ser eleita há duas semanas. Dou os meus parabéns às bancadas da RENAMO e da FRELIMO porque eliminaram Lima, dado que seria um obstáculo ao bom funcionamento daquele órgão eleitoral.
Para o Lima, a FRELIMO deixou de ser um bom Partido a partir do momento em que deixou de ter muitos membros activos da raça branca. É por isso que ele já não quer nada com a FRELIMO no Poder, porque se tornou num Partido só de pretos. Ele só aplaudiu a FRELIMO no tempo do Samora quando no seu governo havia muitos brancos. Mas de há uns 30 anos para cá, encara-a com olhos de mamba. E como tal, ele já não presta para nada. Por isso ele está fazendo tudo que está ao seu alcance para destruir a FRELIMO. Esse seu esforço parece incluir a sua filiação numa das mais tenebrosas agências de espionagem deste mundo, segundo algumas informações de fontes tão credíveis e que só estou tentando cruzar com outras fontes antes que as tome como dados adquiridos. A tal Agência de que Lima é tido como sendo membro activo já concebeu e orquestrou a maioria dos golpes de estado que já ocorreram contra líderes progressistas do mundo, incluindo nacionalistas africanos que no passado tentaram a construção de estados verdadeiramente independentes e soberanos. Tenho fé que se ele é mesmo membro dessa Agência de espionagem, um dia estará exposto, porque como diz um ditado moçambicano, não há nada oculto que seja eternamente oculto. As gravidezes começam invisíveis e acabam sendo bem visíveis caso não se abortam. Mais não disse, e prometo voltar à carga enquanto o Savana abocanhado pelo Lima continuar a falar mal de mim.