Recuperação de bens pilhados e abandonados aquando do ataque terrorista
Depois do severo ataque terrorista a várias aldeias do distrito de Muidumbe, numa ocorrência de Novembro do ano passado, as populações queixam-se agora de dificuldades para a recuperação dos seus bens.
As culpas recaem sobre as Forças de Defesa e Segurança (FDS). Ou seja, na lógica dos queixosos, maior parte a residir em Mueda na condição de refugiados, diversos bens ainda não estão nas mãos dos legítimos titulares, supostamente porque as Forças de Defesa e Segurança não abrem espaço para que a recuperação aconteça.
Aquando do ataque de Novembro de 2020, cerca de dez aldeias foram atingidas, e milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar Recuperação de bens pilhados e abandonados aquando do ataque terrorista as zonas de origem e de residência apenas com a roupa do corpo, pois a prioridade era, pelo menos, salvar a vida.
Nangunde, Namacande, 24 de Março, Muambula, Nampanha, Muatide e Namacule são parte das aldeias atacadas por bandos terroristas que, ao mesmo tempo, decapitaram várias pessoas e raptaram outras.
O que se diz é que a posição das Forças de Defesa e Segurança estacionada na aldeia Matambalale não deixa as populações passarem para os locais de origem e residência antes do ataque. Actualmente, as populações não regressam para se estabelecer, mas sim para tentar recuperar alguns bens deixados para trás aquando da fuga.
Ainda em Muidumbe, norte de Cabo Delgado, há relatos de ter havido troca de tiros entre as Forças de Defesa e Segurança e os milicianos locais, no sábado passado.
É mais uma confrontação explicada na lógica do que se considera lamentável “incidente”, tendo as baixas humanas sido inevitáveis. (Redacção)Artigo co-produzido com a Zitamar News, no âmbito do projecto Cabo Ligado, em parceria com a ACLED)
MEDIA FAX – 14.01.2021