Internacional
Portugal acaba de informar que 60 instrutores irão proceder com a formação de militares moçambicanos no âmbito da assistência na luta contra o terrorismo em Cabo Delgado. Esta formação, que a priori irá ter lugar em diferentes províncias do país, irá incidir sobre o uso de armamento bélico. Os mesmos estarão em grupos e especialidades de trabalho, por um tempo indeterminado.
Tom Bowker, jornalista britânico e fundador do portal de notícias de língua inglesa Zitamar, recebeu uma ordem de expulsão de Moçambique por um período de 10 anos. Em entrevista cedida a alguns órgãos de comunicação social, Tom Bowker garantiu que a sua expulsão não irá acabar com a cobertura do Zitamar sobre o conflito em Cabo Delgado, e que independentemente do local poderia continuar a fazê-lo pois, o portal Zitamar conta com uma vasta equipa que reporta e analisa o conflito a partir de vários pontos do país e do mundo.
Num dos seus pronunciamentos, o antigo Bispo de Pemba Dom Luiz Fernando Lisboa disse ser uma benção e oportuna a sua transferencia de Moçambique para sua terra Natal, o Brasil.
Nacional
Mariano Nhongo, lider da auto-proclamada Junta militar, deu entrevista a DW reconhecendo que parte de seus colegas o abandonam por motivos de fome enquanto ele prevalece nas matas, destemido e com honra, aguardando o pronunciamento do Estado Mocambiçano para uma possível negociação de cessar-fogo.
Cabo Delgado
Nesta semana, uma media de 30 insurgentes dispensaram seus refens que com eles conviveram por um periodo de dois anos, nas matas de Cabo Delgado. Depois de dispensarem perto de 13 reféns devidamente identificados pelo Pinnacle News, dispersaram-se em quatro grupos sendo. Destes grupos uma parte ousou em atacar aldeias e povoados ribeirinhos de Mocimboa da Praia e Mueda enquanto outros, foram atacar em Muidumbe e tantos outros, em Palma e seis insurgentes, conseguiram entrar de forma ilegal, na vizinha Tanzania.
Para sermos precisos, comecemos pelos seis insurgentes que conseguiram entrar para viver em Tanzania no corrente mês de Fevereiro de 2021. Estes começaram por se dividir em canoas a remo e vela, dois ou três em cada canoa usadas por pescadores. De seguida atravessaram as beiras das praias de Palma, rio Rovuma e entraram na vizinha Tanzania, feitos de pescadores. Coincidentemente, todos são nativos de Cabo Delgado e do Distrito de Macomia. Os seus nomes são: Mussa Chande Aiuba, do povoado de Metoni, Abacar Selemane Nze, do povoado de Cogolo, Mamudo Saha Amade, do povoado de Rueia e Adinane Fahamo, Mussa Ibraimo e Pinto, todos estes três, nativos no povoado de Ilala.
A fuga ou desistência de continuar a combater é devido a um entendimento coordenado por falta de mantimentos em cada uma das bases locais. Ora, enquanto alguns vão se apresentando às autoridades Policiais ou militares locais, outros combatem por conta própria e partilham frutos de possíveis vitorias alcançadas. É o caso dos grupos que ousaram em afugentar militares de Muidumbe, na aldeia Chitachi e mesmo na aldeia Namili, zona ribeirinha de Mueda e Mocimboa da Praia. Nestes dois lugares, usaram-se armamentos pesados e perfuráveis a material anti-bala, como é o caso de RPGs. Presume-se que estes ataques tenham como objectivo a obtenção de sobras de comida e armamento abandonado. Para o caso de Namili, antigos combatentes dirigiram-se muito rapidamente a este local, tendo intervindo e capturado pelo menos dois insurgentes, em pleno confronto e perseguições e trazidos ate Mueda, para averiguações militares; – apontam nossas fontes. As mesmas enfatizaram que “esses são estranhos. Enquanto uns disparavam e recuavam, outros ficavam bem cobertos, nas matas e nos aguardavam, bem calmos, para nos capturarem com mãos. E foi assim que ao invés de nos capturarem, nós lhes capturamos!”.
Enquanto Mueda e Mocimboa da Praia eram centros de combate, a Cidade de Pemba era centro de espectaculo de cinco avionetas sendo 4, helicopteros ensurdecedores os quais, para alem de sobrevoarem de forma repetida a baia de Pemba, dirigiram-se para distritos costeiros. Alguns curiosos, filmaram-nas a fazerem manobras acrobaticas em simultaneo
Em Palma, o povoado de Quionga, refugiou-se para as matas, por volta das 15h30 locais, enquanto seguramente insurgentes disparavam em rajadas, para o Ar. “Eram perto de 30 homens e só andavam a disparar para torta e direita. Militares não estavam por perto. Por volta das 18h00 os insurgentes e acho tinham conseguido alguma coisa que eles precisavam para comer e estavam mesmo a comer. Voltaram a disparar quando eram 20h00 e mesmo nesta manha de sábado, dispararam até por volta das 10h00. Assim que eles estão na nossa aldeia, nos estamos com fome e dormimos no frio e também com fome. Ninguém tem comida por aqui. Só há crianças a chorar de fome e aqui dinheiro não funciona porque não vais ter algo para comprar porque a própria comida ja não existe. E para piorar com esses tiros ninguém vai trazer comida para nós!” – disse uma fonte.
Uma outra fonte militar precisou que houve algures pela mesma aldeia, um cordão defensivo para que não prosseguissem enquanto tantos outros cordões de protecção de Palma eram activados em nível 5, para que este grupo não actuasse como sendo de isca, enquanto um possível outro grupo, tivesse uma outra intenção.
Importa realçar que, de Quionga à Palma Sede, sao cerca de 16 quilómetros.
Outras fontes do Pinnacle News acreditam que este grupo, pretendia tambem, encontrar barcos velozes.
Para alem dos seis nomes de insurgentes que conseguiram chegar em Tanzania, há outros 19 nomes que o Pinnacle News os anunciará na proxima edição. Os mesmos pertencem a insurgentes que estejam na linha de fogo, neste Fevereiro de 2021 e que foram a dispensar vários reféns, alegadamente para as suas proveniências.
Nesta semana, pelo menos cinco jovens adolescentes do sexo feminino, foram a se apresentar no Distrito de Macomia e confessaram sobre o como conviveram com insurgentes por cerca de dois anos, nas matas e grutas de Cabo Delgado. A policia local recolheu depoimentos e conjuntamente com cada uma das familias, opinou para que se dispersassem daquele distrito, escolhendo um segundo local para viver. E no distrito de Ibo, foram tambem trazidos outros dois jovens os quais, confessaram terem sido raptados e conviveram com insurgentes por longo tempo, tendo sido piedosa e voluntariamente libertos, por insuficiencia de comida, para suportar com o efectivo, principalmente. Com eles, a Policia tambem recolhe dados relevantes desde as coordenadas exactas de alguns esconderijos e locais de convivio.