Os restos mortais do líder do MDM, Daviz Simango, chegam esta tarde à cidade da Beira oriundos da África do Sul, onde morreu na segunda-feira, vítima de doença. O funeral do edil realiza-se na sexta-feira.
A urna do líder do terceiro partido parlamentar, presidente do conselho autárquico da Beira e membro do Conselho de Estado, deve chegar ao aeroporto da capital provincial de Sofala, no centro do país, pelas 13:00 locais.
O velório de corpo presente vai decorrer na Praça do Município, seguindo-se as cerimónias oficiais. O líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) será sepultado na sexta-feira (26.02), na cidade da Beira, pelas 11h00.
MDM reúne-se na sexta-feira para convocar possível congresso
Segundo o MDM, Daviz Simango, de 57 anos, sofreu de uma paragem cardíaca que lhe provocou a morte, depois de estar internado numa unidade de saúde sul-africana para onde foi transportado devido a doença súbita a 13 de fevereiro.
Em declarações à imprensa, o porta-voz do MDM, Sande Carmona, disse que está prevista uma sessão extraordinária da comissão política do partido na sexta-feira, um encontro cujos temas são a comunicação oficial sobre o falecimento do seu presidente e a convocação de um possível congresso para a eleição de um novo líder.
Moçambique perde "uma das vozes mais importantes"
O Governo moçambicano aprovou na terça-feira (23.02) uma resolução para a realização de um funeral oficial.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que o país perdeu "uma das vozes mais importantes da sua história política" com a morte de Daviz Simango, destacando uma figura que "contribuiu para a consolidação da democracia no país".
Para o chefe de Estado, Simango teve um papel importante na consolidação da democracia em Moçambique, destacando a sua contribuição como líder de um partido de oposição e também como membro do Conselho de Estado.
"As suas contribuições criaram novos valores no espaço político nacional, que nos deram um grande avanço na consolidação da convivência pacífica e harmoniosa entre os moçambicanos", acrescentou Nyusi.
DW – 25.02.2021