Está a chover. Vai fazer quase 2 anos que o ciclone Kenneth passou pelas Quirimbas e poucas ou nenhumas casas foram reconstruídas no Ibo, Quirimba ou Matemo. Em Matemo não conseguimos identificar nenhuma casa construída de alvenaria, tirando o hotel que está abandonado.
O governo pouco ou nada fez e as agências das Nações Unidas andam ao sabor das ordens do governo.
A Organização Internacional das Migrações, com o seu staff de iluminados lá no Maputo decidiu mandar fazer 100 casas em Pemba, pré fabricadas, que depois serão transportadas por barco para o Ibo.
Qual o custo de cada casa?? Qual o custo do transporte?? Foram necessários 2 anos até tomarem essa decisão??
Será que não ficaria muito mais barato e era mais rápido terem transportado cimento, barrotes e chapas para o Ibo e oferecido às populações, em 2 anos de tempo que perderam já muita casa tinha sido reconstruída!!!
No Ibo toda a gente é carpinteiro ou pedreiro.
A quantidade de material a transportar para as ilhas vai exceder a capacidade de transporte das lanchas à vela. Para quando um programa de apoio com oferta de motores para as lanchas à vela??
O Programa Alimentar Mundial, outra equipa de iluminados, lá do Maputo, logo a seguir ao ciclone Kenneth transportavam arroz e ervilhas de avião e helicóptero, a um custo enorme e as lanchas à vela paradas no Paquitequete, negavam a usar lanchas à vela, que há 500 anos fazem transportes ao longo da costa.
Depois de uma experiência, agora só usam as lanchas à vela para os transportes, colocando dinheiro nas comunidades locais, tanto que agora a PAM até oferece e paga os transportes para as outras agências e ONG's.
Qual a dificuldade de compreender que o mandato do PAM é distribuir comida?? Será que o PAM também cura doentes nos hospitais??
O PAM está a exceder o seu mandato e não o pode fazer, transportando materiais de construção de outras agências.
O dinheiro dos doadores para o PAM é para comprar comida e distribuir, não para oferecer transporte de outros materiais.
(Recebido por email)