A violência provocada pelo grupo armado al-Shabaab, no complexo industrial de Afungi, perto de Palma, causou dezenas de mortos e provocou o pânico nas equipas da petrolífera francesa Total que lideravam as obras em curso no seu projeto de investimento no sector de gás natural, na província de Cabo Delgado, ao norte de Moçambique. O Standard Bank Group sabe que um consórcio da Exxon Mobil prepara um pipeline de investimentos de 102,2 mil milhões de euros para esta zona, até 2026.
A recente ofensiva de violência extrema ocorrida na cidade de Palma, localizada na costa norte de Moçambique – perpetrada num ataque iniciado a 24 de março –, causada por uma milícia terrorista, salda-se em várias dezenas de mortos, tendo bloqueado projetos de gás natural liquefeito, designadamente, os investimentos da petrolífera francesa Total SE, estimados em 20 mil milhões de dólares – levando a sede da Total, em Paris, a ordenar a paragem das obras de construção. Estes ataques foram reivindicados pela célula local do Estado Islâmico.
O Jornal Económico sabe que no “pano de fundo” deste trágico momento vivido na Província moçambicana de Cabo Delgado, está uma das maiores operações de investimento de sempre no sector do gás natural, que, segundo admitiu o Standard Bank Group Ltd, sugirá depois de ser aprovado um pipeline de investimentos até 2026, que inclui a gigante Exxon Mobil, da ordem dos 120 mil milhões de dólares (cerca de 102,22 mil milhões de euros). Note-se que a Total adquiriu uma participação de 26,5% no consórcio do seu projeto de gás natural por 3,9 mil milhões de dólares em 2019 (cerca de 3,32 mil milhões de euros, ao câmbio atual).
O problema atual é que os investimentos que foram concretizados no terreno, entre eles os da francesa Total, não conseguem ter condições de segurança mínimas para manter equipas técnicas no local. As pessoas receiam pela sua integridade física, não têm condições de movimentação em segurança, mal conseguem dormir e impossibilitam o planeamento de atividades e o desenvolvimento de cronogramas detalhados com a evolução previsível das obras em curso.
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